
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quinta-feira (27) com leve queda de 0,12%, aos 158.359,76 pontos. O dólar comercial subiu 0,32 %, a R$ 5,352.
O dia foi de baixa liquidez nos mercados globais devido ao dia de Ação de Graças norte-americano.
No Brasil, foram divulgados dados de emprego. O Caged apontou que o país criou 85,1 mil vagas, o pior número para o mês de outubro desde que o dado começou a ser coletado. “Com o Caged mostrando possivelmente um menor aquecimento da economia, temos uma chance maior de queda de juros mais próxima“, comentou, Fabio Louzada, economista e co-fundador da FBNF – Faculdade Brasileira de Negócios e Finanças.
O economista destacou as falas do presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, que afirmou que os juros serão postos no nível e pelo tempo que for necessário para convergir a inflação.
“Sem dúvidas, na minha visão, dois fatores seguem como principais para o BC manter os juros altos. Uma delas é a inflação de serviços que ainda preocupa, ainda mais agora com o fim do ano, período em que o consumo aumenta com as festas de fim de ano e décimo terceiro. Também existe uma grande preocupação em relação aos gastos fiscais e o BC monitora de perto tudo isso antes de tomar uma decisão, ainda mais com a proximidade das eleições. São fatores, na minha visão, que atrapalham a tomada de decisão de baixar juros”, comentou Louzada.
No câmbio, o dólar foi impulsionado pela baixa liquidez do feriado. Já o real, depois de três dias consecutivos de valorização, seguiu o movimento técnico de realização e ajuste, abrindo espaço para uma alta pontual da moeda. “Além disso, o aumento das rolagens de contratos futuros na véspera da última Ptax de novembro adicionou volatilidade ao mercado, reforçando o viés comprador e contribuindo para a pressão de apreciação do dólar ao longo da manhã”, comentou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
O dólar oscilou entre R$ 5,359 e R$ 5,329. O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, com queda/alta de 0,03%, aos 99,56 pontos.
Maiores altas e maiores quedas: CVCB3 e HAPV3
O pregão da B3 fechou com a CVC (CVCB3) liderando as maiores altas, com aumento de 6,86%. A empresa é seguida pela Raízen (RAIZ4), com alta de 3,70%. A terceira foi a Lojas Renner (LREN3), com crescimento de 3,04% e a lista verde fecha com IRB (IRBR3), alta de 2,83%.
A lista vermelha é encabeçada pela Hapvida (HAPV3), com recuo de 4,61%. A empresa é seguida pela Azzas 2154 (AZZA3), recuo de 2,26%. CSN (CSNA3) fechou com recuo de 2,20% e a lista fecha com a MBRF (MBRF3), queda de 2,09%.
Variações por setor
No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 0,62% e 0,40%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,39%. PetroReconcavo (RECV3) recuou 1,03%.
Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) caiu 0,15%. Gerdau (GGBR4) registrou recuo de 0,58%. Usiminas (USIM5) desvalorizou 1,83%. CSN Mineração (CMIN3) caiu 0,18%.
No setor bancário, o BTG Pactual (BPAC11) avançou 0,019%. O Itaú (ITUB4) fechou com queda de 0,44%. Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,18%. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com desvalorização e valorização de 0,051% e de 0,44%, respectivamente.
Entre as varejistas, o Magazine Luiza (MGLU3) subiu 0,40%. A Lojas Renner (LREN3) fechou com alta de 2,78%. Vivara (VIVA3) teve queda de 0,34%. C&A (CEAB3) fechou em alta de 1,08%.