
O Itaú Unibanco aprovou o pagamento de, no total, R$ 23,4 bilhões aos acionistas entre dividendos e JCP (Juros Sobre Capital Próprio). Fato relevante foi enviado ao mercado nesta quinta-feira (27). Informações via Money Times.
Do montante total, serão pgos R$ 1,868 por ação como dividendos no dia 19 de dezembro de 2025 (uma sexta-feira). Já a remuneração em JCP será de R$ 0,3697 por ação. Retidos os 15% do IR (Imposto de Renda), serão pagos liquidamente 0,3142 por ação até o dia 30 de abril de 2026.
Terão direito ao pagamento aqueles com posição acionária no dia 9 de dezembro. A partir do dia 10, as ações ITUB3 e ITUB4 serão negociadas como “ex-direito”. Os valores são iguais para ações ordinárias e preferenciais e complementam proventos já declarados referentes ao exercício de 2025.
Cancelamento de ações preferenciais
O Itaú também aprovou o cancelamento de 78,85 milhões de ações preferenciais, equivalentes a R$ 3 bilhões, adquiridas no programa de recompra e mantidas em tesouraria. Não houve redução do capital social.
Com a novidade, capital subscrito continua em R$ 124,06 bilhões, divididos em 10,705 bilhões de ações: 5,454 bilhões ordinárias e 5,251 bilhões preferenciais. A alteração estatutária decorrente será votada na próxima Assembleia Geral Ordinária.
Com esse anúncio, o banco confirma a expectativa de parte dos analistas, que esperavam o anúncio de dividendos bilionários após o forte resultado do terceiro trimestre de 2025.
Para analistas, o banco passa por um momento de virada na agenda de eficiência, com metas ousadas para os próximos 3 a 5 anos – incluindo migrar 100% para a nuvem, desativar o “banco antigo” (mainframes etc.) e melhorar em cerca de 10 pontos percentuais a relação custo/receita da operação de varejo.
Itaú supera expectativas e aponta lucro de R$ 11,876 bi no 3T25
A empresa mais valiosa da B3, o Itaú Unibanco (ITUB4), apontou um lucro recorrente de R$ 11,876 bilhões no terceiro trimestre de 2025, ligeiramente acima das expectativas do mercado, com um lucro de R$ 11,805 bilhões.
O resultado divulgado pelo balanço da companhia representa uma alta de 3,2% no trimestre e 11,2% em 12 meses.
O lucro líquido contábil ficou em R$ 11,561 bilhões, subindo 2,5% no trimestre e 13,4% no ano.
A carteira expandida da instituição financeira atingiu os R$ 1,402 trilhão, aumentando 0,9% no trimestre e 6,4% em um ano. A margem financeira gerencial foi de R$ 31,382 bilhões no fim do mês de setembro, alta trimestral de 0,7% e anual de 10,1%.
A inadimplência do banco ficou em 1,9%, mantendo uma estabilidade em relação ao segundo trimestre. A despesa com provisões para devedores duvidosos, por sua vez, ficou em R$ 9,780 bilhões no terceiro trimestre, com alta trimestral de 1,2% e anual de 9,5%.
A receita de serviços ficou em R$ 11,755 bilhões, crescendo 3,6% no trimestre e 4,7% no ano.
O banco finalizou o mês de setembro com R$ 1,402 trilhão na carteira de crédito expandida, com uma elevação no saldo de 0,9% no trimestre e alta de 6,4% em 12 meses.
A carteira de crédito do banco, em pessoa física, está concentrada majoritariamente em cartão de crédito, com R$ 142,2 bilhões. Enquanto para PJ, o crescimento em micro e pequenas empresas decorre da maior produção na carteira de programas do governo. Já nas grandes empresas, o banco destacou a expansão no segmento de empresas com faturamento acima de R$ 500 milhões até R$ 4 bilhões.