
O IBGE divulgou nesta sexta-feira, 28, os dados sobre emprego da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad Contínua de outubro, que mede a taxa de desemprego e o rendimento do trabalho no país.
No trimestre, a população desocupada caiu para seu menor número desde o início da pesquisa, em 2012: 5,910 milhões, recuando nas duas comparações:
- –3,4% (menos 207 mil pessoas) no trimestre
- –11,8% (menos 788 mil pessoas) no ano.
Mercado de trabalho
O total de trabalhadores do país ficou estável, em 102,5 milhões, ainda em patamar recorde, enquanto o nível de ocupação (percentual da população empregada entre pessoas em idade de trabalhar) ficou em 58,8%.
Já o número de empregados com carteira assinada renovou seu recorde, chegando a 39,182 milhões.
A taxa composta de subutilização — que reúne desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que gostariam e pessoas que poderiam trabalhar mais, mas não procuram por falta de condições — manteve-se em 13,9%, a menor da série histórica da Pnad Contínua.
Os subocupados por insuficiência de horas trabalhadas recuaram para 4,572 milhões, o menor contingente desde o trimestre encerrado em abril de 2016.
A análise de Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, é de que “o grande número de pessoas ocupadas nos últimos trimestres contribui para a redução da pressão por busca por ocupação.”
Como resultado, a taxa de desocupação segue em redução, alcançando neste trimestre o menor valor da série histórica.
O dado desta sexta-feira, 28, vem após a divulgação do Caged, que mostrou que o país gerou saldo positivo de vagas formais em outubro — o pior resultado do ano, mas ainda assim positivo.
As duas pesquisas são acompanhadas de perto pelos agentes do mercado financeiro porque mostram um mercado de trabalho ainda aquecido em meio à desaceleração da economia e à expectativa de cortes de juros em 2026.