CVM / Foto: DIvulgação
CVM / Foto: DIvulgação

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aplicou multas que somam R$ 2,18 milhões em julgamento, nesta terça-feira (25), em processo envolvendo prática não equitativa em operações de compra de cotas do Brazilian Graveyard and Death Care Services FII (Fundo de Investimento Imobiliário) realizadas pela Cortel Holding S.A., do setor funerário. 

As operações ocorreram entre março e maio de 2022. As penalidades, porém, atingiram apenas pessoas físicas envolvidas no caso, e não a companhia.

Logo após a decisão, a Cortel Holding afirmou, em nota, que foi absolvida por unanimidade pelo colegiado da CVM. A empresa disse que a autarquia reconheceu que não houve irregularidade por parte da companhia na aquisição das cotas do FII CARE11 e que eventuais práticas ilícitas foram atribuídas exclusivamente ao então CFO Roberto Schumann, demitido por justa causa. 

Segundo a Cortel, a CVM também destacou que a governança da companhia foi adequada, além de lembrar que especulações sobre cotistas violam o sigilo bancário previsto na Lei Complementar 105.

Grupo Fictor tentou indicar diretor para CVM

A tentativa do Grupo Fictor de emplacar um representante na diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) gerou desconforto significativo no mercado financeiro brasileiro, conforme revelou à colunista Mariana Barbosa, do UOL Economia, nesta quarta-feira (26).

Segundo apuração da jornalista, o nome de André Vasconcellos, diretor de relações com investidores da Fictor Alimentos, uma pequena empresa do grupo listada na B3 sob o código FICT3, circulou nos corredores da autarquia reguladora como potencial candidato à diretoria. 

O currículo do executivo teria sido apresentado com o aval de parlamentares para uma das vagas em aberto no colegiado, incluindo a posição de diretor-presidente interino atualmente ocupada por Otto Lobo.

A movimentação ficou ainda mais conturbada após a revelação da conexão entre a Fictor e o dono doBanco Master, Daniel Vorcaro. A instituição teve sua liquidação decretada pelo Banco Central em novembro, após irregularidades que resultaram na prisão de Vorcaro pela Polícia Federal.

Reportagem com mais informações da coluna de Mariana Barbosa, publicada no UOL Economia.