Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) somaram R$ 14,8 bilhões em outubro, segundo a Abecip. Apesar de representar o terceiro melhor outubro da série histórica, o volume confirma a desaceleração do crédito imobiliário ao longo de 2025.
Na comparação com setembro, houve queda de 6%, enquanto o resultado ficou 17,7% abaixo do registrado em outubro de 2024, reflexo do encarecimento do crédito, da renda pressionada e da saída contínua de recursos da poupança.
Desempenho acumulado também encolhe
Entre janeiro e outubro, os financiamentos via SBPE somaram R$ 127,8 bilhões, retração de 17,1% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses até outubro, o total financiado chegou a R$ 160,3 bilhões, queda de 11,5%.
Em número de unidades, o mercado também arrefeceu:
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- 40 mil imóveis financiados em outubro (queda de 12,5% ante setembro e de 28% na base anual);
- 369,1 mil unidades entre janeiro e outubro (recuo de 21,4%);
- 467,7 mil imóveis nos últimos 12 meses (queda de 15,3%).
Saída de recursos da poupança pressiona o crédito
A base do SBPE segue encolhendo. A poupança registrou captação líquida negativa de R$ 6,9 bilhões em outubro, mantendo o padrão observado durante quase todo o ano. De janeiro a outubro, as retiradas líquidas somam R$ 66,9 bilhões.
Mesmo com perdas, o crédito de rendimentos ajudou a suavizar o recuo do estoque, que fechou outubro em R$ 753 bilhões, retração de 1,4% no ano.
Caixa projeta R$ 1 trilhão em crédito imobiliário na próxima década
Apesar do enfraquecimento do SBPE, o setor mantém projeções positivas no longo prazo. A Caixa estima R$ 1 trilhão em crédito imobiliário nos próximos dez anos, sustentado pela demanda habitacional, novos instrumentos de funding e programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida.
