Prédio da Caixa de baixo para cima
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A operação da Polícia Federal que atingiu o Master e o BRB reacendeu um tema sensível no governo: a demissão dos dois gerentes da Caixa Asset que barraram uma operação de R$ 500 milhões ligada ao banco de Daniel Vorcaro, em 2024. A decisão técnica da dupla pode ter evitado um novo escândalo envolvendo uma estatal, e segundo o advogado deles, foi justamente o motivo para a saída dos profissionais.

O veto impediu que a Caixa se associasse a uma transação hoje relacionada às suspeitas investigadas pela PF. O episódio ganhou força após novas apurações, reforçando que os gerentes evitaram prejuízos financeiros e danos de imagem à Caixa e ao governo Lula. A operação foi revelada pelo Blog da Malu Gaspar, de O Globo.

O advogado dos ex-gerentes, Ruiz Ritter, afirma que as demissões foram uma retaliação direta. “Não há a menor dúvida”, disse. Segundo ele, os profissionais apenas seguiram critérios técnicos e agiram para proteger a instituição. “Eles evitaram prejuízos financeiros e reputacionais significativos”, completou.

Ritter classificou o caso como “um episódio lamentável na história da Caixa” e afirmou esperar que o episódio seja reparado. A defesa reforça que o caso ilustra falhas na governança da estatal e pressões políticas que cercam decisões de alto impacto.