Fachada do Banco Master, em São Paulo (SP) (Foto: Sophia Lima Bernardes/BP Money)
Fachada do Banco Master, em São Paulo (SP) (Foto: Sophia Lima Bernardes/BP Money)

A liquidação do Banco Master pelo Banco Central em novembro revelou um dos maiores escândalos financeiros recentes do país. A instituição cresceu oferecendo CDBs com rendimentos acima da média, usando o Fundo Garantidor de Crédito como isca para atrair investidores, enquanto investia bilhões em precatórios de alto risco.

Segundo a Operação Compliance Zero da Polícia Federal, há indícios de venda de R$12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao Banco de Brasília, que tentou adquirir o Master em setembro. Daniel Vorcaro foi preso junto com executivos da instituição por suspeitas de gestão fraudulenta, gestão temerária e formação de organização criminosa.

Previdências estaduais e municipais investiram quase R$2 bilhões no banco mesmo após sinais claros de problemas. O caso ganhou contornos políticos quando o Centrão articulou projeto para derrubar a autonomia do Banco Central durante a análise da venda ao BRB, visando especialmente o diretor que se opunha ao negócio.

O Fundo Garantidor de Crédito precisará desembolsar R$ 41 bilhões para ressarcir 1,6 milhão de investidores, reduzindo suas reservas em um terço. Autoridades investigam agora a extensão das conexões políticas de Vorcaro em Brasília e a possível interferência na tentativa de aprovar a venda fraudulenta.

BC descarta risco sistêmico após liquidação do Banco Master

A liquidação do Banco Master pelo Banco Central em novembro revelou um dos maiores escândalos financeiros recentes do país.

A instituição cresceu oferecendo CDBs com rendimentos acima da média, usando o Fundo Garantidor de Crédito como isca para atrair investidores, enquanto investia bilhões em precatórios de alto risco.

Segundo a Operação Compliance Zero da Polícia Federal, há indícios de venda de R$12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao Banco de Brasília, que tentou adquirir o Master em setembro. 

Daniel Vorcaro foi preso junto com executivos da instituição por suspeitas de gestão fraudulenta, gestão temerária e formação de organização criminosa.