Fonte: reprodução/Mspost
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As bolsas globais operam em território negativo na manhã desta terça-feira (02), após interromperem uma sequência de cinco altas no dia anterior. O movimento foi feito da retomada da aversão ao risco, alimentado por persistentes temores com a inflação, avaliações esticadas e novas dúvidas sobre o retorno do investimento em inteligência artificial.

Contudo, os investidores estão otimistas de que o Fed (Federal Reserve) cortará a taxa de juros na semana que vem. Os mercados precificam uma probabilidade de 87,6% de um corte durante a próxima reunião. A estimativa é muito maior do que as probabilidades de meados de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME .

EUA

Em território norte-americano, dados divulgados na véspera apontaram que a atividade industrial caiu em novembro no maior ritmo em quatro meses, com a redução dos pedidos.

Além disso, O Fed receberá uma leitura defasada de seu indicador de inflação preferido antes da decisão sobre a taxa de juros na próxima semana.

O relatório, previsto para sexta-feira, deverá mostrar que as pressões inflacionárias estão estáveis, mas persistentes. Por outro lado, o debate provavelmente se concentrará principalmente no mercado de trabalho quando os formuladores de políticas se reunirem para a decisão sobre a taxa de juros.

Cotação de índices futuros:

Dow Jones Futuro: -0,13%
S&P 500 Futuro: -0,14%
Nasdaq Futuro: -0,18%

Bolsas da Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em sua maioria em alta, recuperando-se da onda de vendas da véspera, que viu as criptomoedas liderarem as quedas nos ativos de risco globais. Os títulos do governo japonês subiram após um leilão de 10 anos, muito aguardado, que atraiu forte demanda.

Shanghai SE (China), -0,42%
Nikkei (Japão): 0,00%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,19%
Nifty 50 (Índia): -0,55%
ASX 200 (Austrália): +0,17%

Europa

As bolsas operam sem sentido definido, ao passo que os mercados regionais continuam a ter dificuldades para ganhar impulso em dezembro.

O Banco da Inglaterra não confirmou cortes de juros em dezembro, mas economistas acreditam que isso deve ocorrer diante da desaceleração da inflação, reforçada pelas medidas recentes do Orçamento de Outono, além do fraco crescimento e da piora no mercado de trabalho.

STOXX 600: -0,13%
DAX (Alemanha): +0,10%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%
CAC 40 (França): -0,15%
FTSE MIB (Itália): +0,12%

Ibovespa: relembre a véspera

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (1º) com queda de 0,29%, aos 158.611,01 pontos. O dólar comercial subiu 0,43 %, a R$ 5,35.

Após bater recorde na sexta-feira, o Ibovespa voltou a recuar em um dia de cautela nos mercados globais. No Brasil, o mercado se prepara para a divulgação do PIB nacional do terceiro trimestre e a volta do índice índice PCE de setembro – indicador de inflação dos EUA preferido do Fed (Federal Reserve) -, que serão divulgados na quinta (4) e na sexta-feira (5), respectivamente.

No Boletim Focus, a expectativa para o IPCA de 2026 recuou pela segunda semana consecutiva e chegou a 4,17%. Para 2027, a projeção se manteve estável em 3,80% pela quarta semana, e para 2028 também seguiu em 3,50%, igualmente pela quarta semana seguida.

Agenda do dia

Indicadores
▪️Fenabrave: Vendas de veículos em novembro
▪️ 05h00 – Fipe: IPC de novembro
▪️ 07h00 – Zona do euro: CPI preliminar de novembro e taxa de desemprego de outubro
▪️ 09h00 – IBGE: Produção industrial de outubro
▪️ 21h30 – Japão: PMI/S&P Global composto final de novembro
▪️ 22h45 – China: PMI/S&P Global composto final de novembro

Eventos
▪️ Enviado especial de Trump, Steve Witkoff pode se reunir com Putin
▪️ 10h00 – Vale realiza dia do investidor em Londres
▪️ 12h00 – EUA: Michelle Bowman (Fed) fala