Presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo
(Foto: Raphael Ribeiro/BC)
Presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo (Foto: Raphael Ribeiro/BC)

O XP Fórum Político Macro 2025 teve início na segunda-feira (1º) e contou com a presença do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, do fundador da XP, Guilherme Benchimol, do presidente da XP, Thiago Mafra, e do chefe de análise política da casa, Paulo Gama.

Além deles, o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, também marcou presença no evento.

Galípolo teve falas importantes durante sua participação. Em relação à condução da política monetária no Brasil nos próximos meses, o presidente da autarquia reforçou que o cenário segue inalterado. O BC mantém uma postura cautelosa para a Selic (taxa básica de juros).

Galípolo fala sobre condução de política Monetária

Dados da atividade econômica divulgados recentemente têm apontado para uma dinâmica mais benigna, mas a inflação de serviços segue resiliente. Somando isso a um mercado de trabalho ainda aquecido, as autoridades permanecem cautelosas com a condução da política monetária, no que diz respeito a Selic, com foco na convergência da inflação à meta.

De acordo com Galípolo, o cenário atual da força de trabalho ativa do país levanta mais questões do que respostas. “Tenho muita dúvida sobre a tese do desalento. Com o nível de desemprego que está, acho complexo. Uma série de fatores locais e globais tem afetado muito o mercado de trabalho. Não tem sido muito simples fazer uma análise”, afirmou, de acordo com a XP.

IPCA desacelera e reforça expectativa por cortes na Selic

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou alta de 0,09% no mês de outubro, conforme divulgado na manhã desta terça-feira (11). O dado confirmou as expectativas de desaceleração da inflação e marcou o menor patamar para o mês desde 1998. Com isso, aumentam as expectativas do mercado para futuros cortes na taxa Selic.

Com a inflação mais baixa, analistas avaliam que o BC (Banco Central) deve iniciar a redução dos juros a partir do próximo ano. Para Rodrigo Marques, gestor de fundos e economista-chefe da Nest Asset Management, a tese é reforçada pelo fato de a inflação estar próxima do topo da meta estabelecida pela autarquia.

“Com isso, aumenta a probabilidade de o BC ter condições de iniciar um ciclo de redução dos juros ao longo de 2026, o que tende a gerar um impacto positivo na curva de juros”, afirmou.