Foto: Reprodução Agência Brasil
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O Tesouro Nacional se negou a autorizar o empréstimos de empréstimo de R$ 20 bilhões dos Correios com a taxa de juros de 136% do CDI que foi negociada com um consórcio de cinco bancos.

Em uma reunião no Ministério da Fazenda realizada nesta terça-feira (2), o Tesouro informou aos Correios que só irá aceitar a proposta mediante uma redução de juros, com teto de 120% do CDI para a operação.

De acordo com fontes ouvidas pela CNN, esse patamar seria o mais adequado à garantia dada pela União, que praticamente elimina o risco de calote às instituições financeiras.

Com essa negativa, os correios volta a negociar com os bancos em busca de uma nova proposta. Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, Safra e ABC Brasil haviam fechado o empréstimo para a companhia postal.

Correios tentam diminuir juros de 136% do CDI em plano de resgate

Os Correios estão tentando diminuir a taxa de juros do empréstimo de R$ 20 bilhões após o alerta feito pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Segundo a apuração da CNN Brasil, a estatal negocia com o consórcio de bancos uma revisão da taxa da proposta antes de enviar os documentos ao Ministério da Fazenda.

Fontes ligadas aos Correios disseram que, até a semana passada, a expectativa era de juros próximos a 120% do CDI, nível considerado aceitável para operações que têm garantia da União.

Para a surpresa de integrantes da cúpula dos Correios, o nível apresentado foi de 136% do CDI e esse passou a ser o principal ponto de atrito na negociação, especialmente após o MP, junto ao TCU, questionar a justificativa para um custo tão alto.

Segundo fontes da empresa, dois fatores ajudam a explicar a postura dos bancos: o valor elevado do financiamento e a capacidade de pagamento da estatal, que atravessa um período de forte crise financeira.

Um dos critérios avaliados pelos bancos para conceder crédito é exatamente a condição do tomador de honrar as parcelas dentro do prazo. Sendo assim, o diagnóstico atual dos Correios pesou na definição da taxa.

O empréstimo em questão está sendo tomado por um grupo composto por cinco instituições financeiras. O consórcio foi formado porque apenas uma instituição não assumiria sozinha uma operação desta monta, o que também influencia na discussão do custo final