
A AGU (Advocacia-Geral da União) garantiu, na Justiça Federal, a continuidade da cobrança de mais de R$ 730 milhões da Vale (VALE3), relacionados à compensação financeira pela exploração de recursos minerais (Cfem).
A decisão, proferida pela 9ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro, julgou improcedentes os embargos da mineradora e validou os cálculos da ANM (Agência Nacional de Mineração). A sentença foi dada em primeira instância e ainda cabe recurso — a companhia informou que vai recorrer.
O cálculo da Cfem foi feito com base no valor de venda final dos produtos minerais exportados, e não no valor da transação entre a controladora e suas subsidiárias. Segundo o Valor Econômico, no processo, a Vale alegava que o valor deveria ser calculado a partir das vendas realizadas às controladas no exterior, argumentando que essas operações refletiriam o “valor real” da exportação.
Vale (VALE3) negocia criação de joint venture no Canadá
A Vale (VALE3) disse, nesta terça-feira (2), que a sua unidade de metais básicos está negociando a formação de uma joint venture de cobre com a Glencore, no Canadá. União poderia produzir cerca de 880 mil toneladas do metal de transição energética ao longo de 21 anos.
Segundo informações da Reuters, via Investing,com, as duas empresas teriam participações iguais no projeto, segundo a Vale, com expectativas de “sinergias significativas”. Os trabalhos detalhados de engenharia, licenciamento e consulta ocorrerão em 2026, enquanto a decisão final de investimento é esperada para o primeiro semestre de 2027.
A joint venture entre a Vale Base Metals – subsidiária de cobre e níquel da mineradora – e a Glencore tem como objetivo avaliar conjuntamente o potencial de desenvolvimento de cobre em uma área já explorada, em suas propriedades adjacentes na Bacia de Sudbury.
O acordo estabelece uma estrutura para explorar as sinergias da mineração dos depósitos subterrâneos de ambas empresas, utilizando o “shaft” e a infraestrutura existentes na Mina Nickel Rim South da Glencore.
O projeto propõe o aprofundamento do poço de mina existente da Glencore e o desenvolvimento de novas galerias para acessar os depósitos de cobre próximos, com custo de capital de US$1,6 bilhão a US$2 bilhões, diz a reportagem.
A mineradora brasileira observou que, considerando a geologia polimetálica da Bacia de Sudbury, as empresas também produzirão, além do cobre, níquel, cobalto, ouro, metais do grupo da platina (PGMs) e outros minerais críticos.