
Consumidores brasileiros devem sentir no bolso um impacto significativo na conta de energia elétrica ao longo de 2025. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na última sexta-feira (5) uma projeção revisada que indica um reajuste tarifário médio de 7% para o ano.
O índice representa uma alteração substancial em relação à previsão anterior da agência reguladora, que estimava um aumento de apenas 3,5%.
Mais preocupante é o fato de que esse percentual supera consideravelmente as expectativas inflacionárias: enquanto o IPCA deve registrar alta de 4,4%, o IGP-M apresenta até uma deflação de 0,5% no período.
De acordo com o boletim InfoTarifa 2025, dois fatores principais explicam essa escalada nos custos. O primeiro é o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético, encargo setorial repassado aos consumidores. O segundo diz respeito à devolução de créditos tributários de PIS/COFINS, que ficou abaixo do valor inicialmente previsto.
Para dezembro, houve ao menos uma notícia positiva: a bandeira tarifária passou de vermelha patamar 1 para amarela. Na prática, isso significa que o adicional cobrado caiu de R$ 4,46 para R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.