
Os BDRs voltaram ao centro do radar do investidor brasileiro. De acordo com o Report Anual de BDRs 2025, divulgado pela B3 nesta segunda-feira (8), o número de investidores nesses ativos chegou a 996 mil em outubro, um avanço de oito vezes desde a abertura do produto para pessoas físicas em 2020.
O estudo também mostra que o volume médio diário negociado já orbita a marca de R$ 1 bilhão. Isso deixa para trás a média de R$ 124 milhões registrada antes da flexibilização.
Dessa forma, o movimento reflete uma mudança estruturada no comportamento do investidor. Isso porque, o mercado ampliou sua exposição internacional em meio ao avanço dos índices norte-americanos e ao destaque global de empresas ligadas à tecnologia.
BDRs atraem quase 1 milhão de investidores
De acordo com o relatório, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) seguem ganhando representatividade dentro da estratégia de diversificação dos brasileiros.
Sendo assim, o salto no número de investidores para 996 mil em outubro de 2025. O resultado consolida o produto como um dos principais veículos de acesso ao mercado internacional.
A B3 destaca que o interesse acelerou à medida que grandes índices globais, como o S&P 500 e a Nasdaq, renovaram máximas históricas impulsionadas pelo avanço da inteligência artificial.
Volume diário em BDRs ultrapassa R$ 985 milhões
O estudo mostra que a negociação média diária saltou de R$ 124 milhões para mais de R$ 985 milhões desde a abertura dos BDRs ao varejo.
O dado evidencia maior apetite por ativos globais e maior participação do produto nas carteiras de investidores individuais.
Segundo a B3, o mercado brasileiro hoje tem acesso a cerca de 900 ativos listados por meio dos BDRs, cobrindo diversos setores e geografias, com destaque para tecnologia, consumo e energia.
Nvidia e Tesla lideram preferência do investidor brasileiro
Entre os ativos mais negociados em 2025, empresas do setor de tecnologia continuam dominando o fluxo.
Nvidia e Tesla, líderes absolutas do ranking, movimentam mais de R$ 100 milhões por dia cada uma, ocupando o topo da lista de BDRs com maior volume financeiro.
Além disso, o ranking também inclui empresas brasileiras listadas no exterior, como Inter (INBR32) e XP (XPBR31), além de multinacionais nacionais como JBS (JBSS32).
Em suma, o relatório aponta que a expansão do número de investidores e do volume negociado reflete uma mudança estrutural na composição das carteiras no País. A maior facilidade de acesso e a diversidade de setores disponíveis por meio dos BDRs têm incentivado a busca por alternativas além do mercado local.