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BC/ Foto: Beto Nociti/Banco Central do Brasil

Brasil deve liderar os cortes de juros no mundo em 2026, segundo Leonardo Porto, economista-chefe do Citi Brasil. A projeção foi apresentada no evento “Macro em Perspectiva”, realizado nesta terça-feira (9), em São Paulo. Além disso, o banco destaca que o país pode iniciar o ciclo de flexibilização antes de outras economias desenvolvidas.

Segundo Porto, esse movimento ocorre porque o Brasil elevou os juros mais cedo, enquanto grande parte das economias globais reduzia suas taxas. Dessa forma, o país criou espaço para iniciar cortes mais profundos quando o ambiente inflacionário se estabilizar.

“Pouquíssimos países vão apresentar corte de taxa de juros e o Brasil certamente é o que vai mais cortar taxa de juros no mundo. Uma das razões é porque, neste ano, o Brasil foi um país que subiu a taxa de juros desde o final do ano passado, enquanto o resto do mundo estava em um ciclo de corte de taxa de juros”, disse Porto.

Desempenho da economia global supera expectativas

O economista afirmou que 2025 mostrou uma economia global mais resiliente do que o esperado. O Citi projeta crescimento do PIB mundial de 2,8% em 2025 e de 2,7% em 2026, ambos acima das estimativas feitas um ano atrás. Além disso, segundo ele, Estados Unidos e China foram os principais motores desse desempenho mais forte.

Um dos fatores que explicam essa resistência é a diferença de ritmo entre os setores. Globalmente, os serviços crescem de forma mais rápida e consistente que a indústria. Como o setor de serviços demanda mais mão de obra, esse avanço aumenta a procura por trabalhadores, aquece o mercado de trabalho e, por consequência, impulsiona a renda.

Brasil amplia contato com EUA e aguarda encontro Lula-Trump

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após encontro nesta quinta-feira (4) com o encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, disse que o governo Trump demonstrou interesse em cooperar com o Brasil em operações contra lavagem de dinheiro.

No encontro com Escobar, Haddad compartilhou detalhes de investigações que são realizadas por órgãos brasileiros como a Receita Federal.

O ministro da Fazenda disse que ficou acertado no encontro que haverá troca de informações entre autoridades dos dois países no campo do combate à atuação internacional do crime organizado.