
A série Stranger Things tornou-se um dos maiores fenômenos econômicos já vistos no streaming. O impacto total chegou a US$ 1,4 bilhão no PIB dos Estados Unidos. Além disso, a produção da Netflix conquistou milhões de fãs e transformou-se em uma poderosa máquina de geração de empregos e renda.
Segundo a consultoria Parrot Analytics, a série já rendeu mais de US$ 1 bilhão à Netflix (NFLX34) apenas em receita direta ligada à atração e retenção de assinantes. Além disso, especialistas estimam que, com o lançamento da quinta e última temporada, esse valor pode ultrapassar US$ 2 bilhões em todo o mundo.
O estado da Geórgia sediou a maior parte das gravações. Por isso, recebeu o maior impulso econômico. Cerca de US$ 650 milhões entraram diretamente na economia local, com gastos que incluíram contratação de mão de obra, locações, serviços e infraestrutura.
Somente na quarta temporada, os investimentos ultrapassaram US$ 190 milhões. Dessa forma, a produção consolidou o estado como polo audiovisual nos EUA.
Série virou franquia e movimentou mercado de produtos
Stranger Things também se expandiu para além das telas. O mercado de licenciados gerou entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões em colaborações com diferentes setores.
Tênis, roupas, brinquedos, doces e até alimentos ganharam versões temáticas. A Netflix recebe royalties entre 5% e 25% do valor das vendas, dependendo do contrato e do tipo de produto.
A produção também movimentou o mercado de trabalho. Foram criados 8 mil empregos diretos ao longo das cinco temporadas, incluindo funções como fotógrafos, maquiadores, cineastas, técnicos de luz e diversas outras profissões do setor audiovisual.
Além disso, a Netflix contratou mais de 3,8 mil fornecedores espalhados por quase todos os estados americanos, ampliando o impacto econômico para além da Geórgia.
A quinta temporada recebeu investimento robusto. Cada episódio custou entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões. O orçamento total pode chegar a US$ 480 milhões. Segundo a Netflix, o retorno financeiro e cultural justificou cada dólar investido.
Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, comparou o impacto da série ao universo de Star Wars. Para ele, Stranger Things deixou de ser apenas um produto televisivo e tornou-se um marco cultural global.