Copa do Mundo / Foto: Divulgação
Copa do Mundo / Foto: Divulgação

A Fifa abriu, na última quinta-feira (11), a venda do terceiro lote de ingressos para a Copa do Mundo de 2026. Os preços chamaram atenção imediatamente. A entrada mais cara chega a quase R$ 48 mil, o equivalente a US$ 9 mil na cotação atual.

Com isso, a alta nos valores gerou reação rápida entre torcedores nas redes sociais. Muitos passaram a pedir que a Fifa suspenda as vendas para revisar os preços. Segundo eles, os custos elevados afetam diretamente o planejamento de viagens para a Copa do Mundo e a decisão de acompanhar os jogos nos países-sede.

De acordo com a Fifa, cerca de 8% dos ingressos da Copa do Mundo ficam reservados às federações para partidas de suas seleções. Esse lote atende exclusivamente torcedores cadastrados em clubes oficiais de membros, como o England Supporter Travel Club (ESTC), que garante acesso antecipado às entradas.

Divisão em categorias

As entradas da Copa do Mundo são divididas em quatro categorias. A categoria 1 ocupa o nível mais premium de preços. Como resultado, esse modelo de venda influencia o fluxo de viagens internacionais e a logística de deslocamento dos torcedores ao longo do torneio.

De acordo com a Football Supporters’ Association (FSA), os valores cobrados dos torcedores mais fiéis da Inglaterra figuram entre os mais altos da Copa do Mundo. Para a final, o ingresso mais barato custa US$ 4.185, o equivalente a cerca de R$ 22,6 mil. Na prática, isso representa um custo aproximado de R$ 251 por minuto de jogo.

Em nota, a FSA voltou a criticar a condução da Copa do Mundo pela Fifa. A entidade afirmou que o formato adotado confirma temores antigos dos torcedores. “Tudo o que temíamos sobre a direção que a Fifa quer dar ao futebol foi confirmado. Gianni Infantino só vê a lealdade dos torcedores como algo a ser explorado para gerar lucro”, escreveu.

Rumo à Copa 2026: viagem pode custar até R$ 80 mil

Viajar para acompanhar a Copa do Mundo 2026 in loco se tornou, para muitos torcedores, um projeto financeiro de longo prazo. Portanto, mais do que uma viagem, o plano exige organização e disciplina.

Isso ocorre porque, segundo levantamentos de mercado, o custo total pode alcançar R$ 80 mil. A conta inclui passagens aéreas, hospedagem, ingressos, alimentação e deslocamentos entre os três países-sede do torneio: Estados Unidos, Canadá e México.

Diante desse cenário, a combinação entre longas distâncias, câmbio elevado e alta demanda reforça a necessidade de planejamento. Quanto antes o torcedor começar a organizar o orçamento para a Copa, menor tende a ser o impacto mensal no bolso.

Quanto custa viajar para a Copa 2026?

Sendo assim, o primeiro passo envolve dimensionar corretamente a viagem. Na prática, isso significa estimar os principais gastos, como:

  • passagens aéreas;
  • hospedagem;
  • alimentação;
  • ingressos para os jogos da Copa;
  • deslocamentos entre cidades e países.

Depois disso, entra um ponto decisivo: a conversão dos valores para dólar. Como grande parte das despesas da Copa do Mundo 2026 é dolarizada, a exposição ao câmbio pode ampliar os custos. Por isso, acompanhar a variação da moeda e estruturar o orçamento com antecedência ajuda a reduzir riscos e evitar surpresas financeiras.