
A Enel voltou a receber críticas após mais um apagão prolongado em São Paulo. Neste sábado (13), a concessionária entrou no quarto dia consecutivo de falhas no fornecimento de energia.
Segundo a empresa, a normalização deve ocorrer apenas até o fim de domingo (14). Enquanto isso, mais de 448 mil clientes continuavam sem eletricidade pela manhã.
Na sexta-feira (12), a situação se agravou. A Justiça determinou o restabelecimento imediato do serviço. A decisão fixou prazos bem mais rígidos do que os anunciados pela Enel.
Ciclone deixou 2,2 milhões sem energia
O apagão começou após a passagem de um ciclone extratropical pelo estado. As rajadas de vento chegaram a 100 km/h em algumas regiões.
No pico da crise, cerca de 2,2 milhões de clientes ficaram sem luz. Além disso, algumas cidades seguem em situação crítica. Em Embu-Guaçu, por exemplo, 64% dos moradores continuam sem energia.
Na decisão, a juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha foi direta, ela afirmou que eventos climáticos extremos não justificam a falta de preparo da concessionária.
Segundo a magistrada, a Enel precisa manter estrutura adequada e planos de contingência eficientes. Para ela, situações desse tipo são previsíveis, especialmente durante o período de chuvas.
Histórico de falhas volta ao debate
O novo apagão reacende o debate sobre a qualidade dos serviços prestados pela Enel. A empresa já enfrentou episódios semelhantes em anos anteriores.
Em nota, a concessionária afirmou que ainda não recebeu intimação formal da decisão judicial. Ainda assim, declarou que segue trabalhando de forma ininterrupta para restabelecer o fornecimento.
Apesar das explicações, moradores seguem insatisfeitos. Muitos questionam a demora no atendimento. Além disso, apontam falhas na capacidade da empresa de lidar com emergências climáticas, que se tornam cada vez mais frequentes.