Um membro do Esquadrão de Choque da Polícia atende a ocorrência no local de um tiroteio em massa na praia de Bondi, em 14 de dezembro de 2025, em Sydney, Austrália. • Darrian Traynor/Getty Images
Um membro do Esquadrão de Choque da Polícia atende a ocorrência no local de um tiroteio em massa na praia de Bondi, em 14 de dezembro de 2025, em Sydney, Austrália. • Darrian Traynor/Getty Images

Um ataque a tiros na praia de Bondi, em Sydney, transformou a celebração do festival judaico de Hanukkah em tragédia neste domingo (14). O tiroteio deixou 12 mortos, incluindo um rabino e um dos atiradores. Além disso, 11 pessoas ficaram feridas, entre elas dois policiais. O segundo atirador segue em estado crítico.

De acordo com o The New York Times, as autoridades identificaram até o momento o rabino Eli Schlanger, ligado à organização judaica Chabad de Bondi, entre as vítimas fatais. O diretor de mídia da entidade, Motti Seligson, confirmou a informação.

Ataque mobiliza forças de emergência

Logo após os disparos, equipes de emergência seguiram para a Campbell Parade, principal avenida à beira-mar de Bondi, por volta das 18h45 no horário local (4h45 em Brasília). A região concentra cafés, restaurantes, hotéis e intenso fluxo de moradores e turistas.

Em seguida, a polícia de Nova Gales do Sul isolou a área e iniciou varreduras. Agentes localizaram itens suspeitos nas proximidades e acionaram especialistas para análise. Por isso, as autoridades criaram uma zona de exclusão e orientaram a população a evitar o local.

O primeiro-ministro Anthony Albanese comentou o ataque nas redes sociais. Segundo ele, as imagens são “angustiantes e chocantes”. Além disso, Albanese confirmou que policiais e equipes médicas seguem mobilizados para salvar vidas.

Ao mesmo tempo, o premiê pediu que a população siga rigorosamente as orientações das autoridades, enquanto a operação continua.

Celebrações são suspensas em outras cidades

Como medida preventiva, organizadores cancelaram eventos de Hanukkah em Melbourne, outra grande cidade australiana. Apesar disso, a polícia informou que não registrou incidentes semelhantes em outras regiões de Sydney.

Casos de violência armada em massa são extremamente raros na Austrália. Após o massacre de Port Arthur, em 1996, quando 35 pessoas morreram, o país endureceu significativamente as leis de controle de armas.

Desde então, o governo restringiu a posse e a compra de armamentos, o que reduziu drasticamente esse tipo de ocorrência.