Foto: Adriano Fontes/Flamengo)
Foto: Adriano Fontes/Flamengo)

O Flamengo está prestes a atingir um marco histórico que vai além do desempenho em campo. Nesse contexto, o clube pode encerrar 2025 com quase R$ 500 milhões apenas em premiações. Além disso, o resultado reforça sua posição como a maior potência financeira do futebol brasileiro. Ao mesmo tempo, o desempenho esportivo sustenta uma estratégia de crescimento que vem sendo construída há anos.

Até agora, o rubro-negro acumulou R$ 422,3 milhões em prêmios ao longo da temporada. Por outro lado, esse valor ainda pode crescer. Caso o time conquiste a Copa Intercontinental contra o PSG, em Doha, então o montante sobe para R$ 449,3 milhões. Como consequência, o clube amplia ainda mais sua vantagem financeira sobre os concorrentes.

De onde vem o dinheiro

A maior parte das premiações veio do Mundial de Clubes, que garantiu R$ 150,6 milhões. Na sequência, aparece a Libertadores, responsável por R$ 178,8 milhões. Já o Campeonato Brasileiro deve acrescentar cerca de R$ 55 milhões, valor ainda não oficializado pela CBF.

Além disso, completam a conta a Supercopa do Brasil (R$ 11 milhões), a Copa do Brasil (R$ 5,953 milhões) e a própria Copa Intercontinental, que já assegurou R$ 21 milhões apenas pela vaga na final.

“A superioridade do Flamengo é fruto de dois pilares claros: tamanho econômico e organização”, afirma Guilherme Bellintani, ex-presidente do Bahia e atual CEO da Squadra Sports. Segundo ele, o clube iniciou esse processo há cerca de dez anos, ao reduzir dívidas, evitar gastos excessivos e investir em base e infraestrutura.

Receitas além das premiações

Além das conquistas esportivas, o Flamengo caminha para se tornar o primeiro clube brasileiro a ultrapassar R$ 2 bilhões em faturamento anual.

Em 2024, o clube arrecadou R$ 453 milhões com direitos de transmissão e R$ 417,7 milhões com publicidade e patrocínios. Agora, para 2025, as projeções são ainda mais ambiciosas.

O principal impulso vem do contrato com a Betano, que garante R$ 268,5 milhões por temporada. Trata-se de um dos maiores acordos de patrocínio do futebol sul-americano.

Segundo Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, o modelo segue uma lógica clara. “Mais receitas e menor custo geram superávit. Esse excedente permite montar elencos mais fortes”, explica. Como consequência, aumentam as premiações e as receitas com transferências, criando um ciclo sustentável.

Thales Rangel Mafia, gerente de marketing da Multimarcas Consórcios, reforça que a credibilidade administrativa atrai marcas globais. “A gestão gera receita, que compra qualidade técnica. Isso valoriza a marca e atrai novos investidores”, afirma.

Reconhecimento internacional

Todo esse modelo de gestão começa a ganhar destaque fora do país. O Flamengo foi indicado ao prêmio de melhor clube do mundo no Globe Soccer Awards, que acontece em Dubai no dia 28 de dezembro.

O rubro-negro concorre com gigantes europeus como Bayern de Munique, Barcelona, Chelsea e PSG.