Ambipar (AMBP3)
Ambipar (AMBP3) / Foto: Divulgação

A Ambipar (AMBP3) informou nesta sexta-feira (19) que o conselho de administração aprovou o plano de recuperação judicial do grupo. A companhia já protocolou a proposta na Justiça.

O pedido tramita na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. O plano inclui a Ambipar e suas controladas, como a Environmental ESG.

Segundo a empresa, o plano foi estruturado com apoio de assessores financeiros e jurídicos. O objetivo é reorganizar as finanças e superar o atual cenário econômico.

Além disso, a Ambipar afirma que busca preservar suas operações, manter a prestação de serviços e garantir os empregos. A companhia também reforça o compromisso com a função social do negócio.

Até a realização da assembleia geral de credores, o plano ainda pode passar por ajustes. As mudanças dependem das negociações com credores e demais partes envolvidas.

O pedido de recuperação judicial foi aceito pela Justiça em 30 de outubro. Na ocasião, a Ambipar informou que suas dívidas somam R$ 10,48 bilhões.

CVM amplia investigação sobre movimentações da Ambipar

CVM (Comissão de Valores Mobiliários) vem aprofundando, de forma reservada, a apuração sobre possível manipulação nos preços das ações da Ambipar (AMBP3), atualmente em recuperação judicial. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a autarquia segue examinando quais movimentos podem ter levado os papéis a avançarem mais de 800% em um curto período.

O jornal destaca que a apuração inicial passou pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários, área da CVM responsável por fiscalizar o mercado de capitais. Depois dessa etapa, o caso avançou para a Superintendência de Processos Sancionadores, que, segundo a publicação, decidiu aprofundar o trabalho e instaurar um inquérito administrativo.

A CVM já ouviu diversos profissionais de corretoras e gestoras que atuam na área de trade. Esses especialistas lidam diretamente com ordens de compra e venda e, por isso, integram a fase preliminar da apuração. Além disso, a autarquia pode chamar novos nomes para prestar esclarecimentos ao longo do processo.