Lindomar Castilho / Divulgação
Lindomar Castilho / Divulgação

Lindomar Castilho morreu neste sábado (20), aos 85 anos. Conhecido como o “Rei do Bolero”, o cantor marcou gerações com sucessos populares. A filha do cantor, coreógrafa Lili De Grammont, confirmou a informação.

A causa da morte não foi divulgada. O velório ocorre na tarde deste sábado, no Cemitério Santana, em Goiânia.

Em mensagem publicada online, Lili se despediu do pai com tom reflexivo. Sendo assim, ela destacou a finitude da vida e desejou descanso ao artista. A filha também falou sobre a importância de viver com autenticidade e consciência do tempo.

Nascido em Rio Verde, no interior de Goiás, Lindomar Castilho se tornou um dos cantores mais populares do Brasil nos anos 1970. Portanto, o artista se destacou pelo estilo romântico, dramático e exagerado, que marcou o gênero brega.

Entre seus maiores sucessos está “Você é doida demais”. A canção voltou a ganhar projeção nos anos 2000 ao abrir o seriado Os Normais, da TV Globo. Outro marco da carreira foi o disco Eu vou rifar meu coração, lançado em 1973 pela RCA, com vendas superiores a 500 mil cópias.

Crime de Lindomar Castilho que chocou o País

Apesar do sucesso comercial, a trajetória de Lindomar Castilho também ficou marcada por um crime que chocou o País.

Em 30 de março de 1981, o cantor matou a ex-mulher, a também cantora Eliane de Grammont, durante uma apresentação em São Paulo. Ela tinha 26 anos. O crime ocorreu no palco da boate Belle Époque, enquanto Eliane cantava “João e Maria”, de Chico Buarque.

O casal havia sido casado por dois anos. Durante esse período, Eliane interrompeu a carreira para cuidar da filha. Após relatar um relacionamento abusivo, a cantora pediu o divórcio.

Desse modo, Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele respondeu parte do processo em liberdade por ser réu primário. Sendo assim, o cantor cumpriu cerca de sete anos em regime fechado e o restante em regime semiaberto. Em 1996, deixou o sistema prisional.

A morte de Lindomar Castilho encerra uma trajetória marcada por enorme sucesso popular, mas também por um dos casos de feminicídio mais emblemáticos da história cultural brasileira.