O Departamento de Justiça dos EUA divulgou na sexta-feira (19) milhares de documentos ligados ao caso Jeffrey Epstein. Os arquivos reforçam a presença do ex-presidente Bill Clinton, mas trazem poucas menções a Donald Trump.
A divulgação ocorre após pressão do Congresso e atende a uma lei aprovada em novembro. A norma exige a abertura total dos arquivos relacionados ao financista condenado por crimes sexuais.
Apesar da expectativa, o material não apresentou novas evidências diretas contra Trump. O nome do atual presidente aparece de forma pontual e sem destaque nos documentos.
Clinton aparece com mais frequência nos registros
Os arquivos citam Bill Clinton de forma recorrente. O ex-presidente democrata aparece em registros de viagens e contatos ligados ao círculo social de Jeffrey Epstein.
Já Trump surge apenas em documentos antigos, como manifestos de voo divulgados em fevereiro. Essas listas mostram passageiros do avião particular de Epstein em anos anteriores.
Fotos e registros tornados públicos agora não trazem contexto detalhado. Além disso, as autoridades não apresentaram acusações contra as figuras mencionadas nos documentos.
Entre os nomes citados estão celebridades e empresários conhecidos. Nenhum deles foi formalmente acusado de envolvimento nos crimes de Epstein.
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Documentos revelam denúncia ignorada pelo FBI
A liberação também trouxe à tona uma denúncia apresentada ao FBI em 1996. O documento acusava Jeffrey Epstein de envolvimento com pornografia infantil.
A denúncia partiu de Maria Farmer, uma das primeiras mulheres a relatar abusos. Segundo ela, o FBI não deu andamento às acusações na época.
“Esperei décadas por esse momento”, afirmou Farmer em comunicado. Ela disse que a falta de ação das autoridades teve impacto profundo em sua vida.
A divulgação dos arquivos reacendeu o debate político nos EUA. O caso Jeffrey Epstein voltou ao centro das discussões no Congresso e na opinião pública.
Arquivos do caso Jeffrey Epstein vêm a público nos EUA
Os EUA iniciaram a divulgação de arquivos relacionados ao caso Jeffrey Epstein. O material foi liberado pelo Departamento de Justiça na última sexta-feira (19).
A publicação atende à Epstein Files Transparency Act, lei aprovada pelo Congresso americano. A norma determina a divulgação de documentos não classificados ligados às investigações.
Jeffrey Epstein foi um financista condenado por crimes sexuais. Ele morreu em 2019, enquanto estava preso, aguardando novos desdobramentos judiciais.
