
O patrimônio de Viviane Barci Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cresceu 232% entre 2023 e 2024, segundo o jornal O Globo. De acordo com o colunista Lauro Jardim, Viviane passou de R$ 24 milhões para R$ 79,7 milhões no período de um ano.
Advogada, Viviane Moraes controla escritórios de advocacia ligados à família. Além disso, mantém participação em empresas do setor jurídico. Em 22 de setembro, ela registrou um novo escritório em Brasília, chamado Barci e Barci. O registro ocorreu no mesmo dia de uma decisão dos EUA.
Na data, o governo americano incluiu o Lex Instituto de Estudos Jurídicos na lista de sanções da Lei Global Magnitsky. O Lex é comandado por Viviane, em conjunto com os filhos de Moraes. Segundo a apuração, a entidade detém dez imóveis.
Naquele momento, tanto Viviane quanto Moraes já figuravam como alvos indiretos das sanções impostas pelos Estados Unidos.
Fim das sanções dos EUA
Posteriormente, em 12 de dezembro, Alexandre de Moraes deixou oficialmente a lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A decisão também revogou as medidas aplicadas a Viviane Barci de Moraes e ao Lex Instituto de Estudos Jurídicos.
Antes disso, as sanções impediam Moraes de realizar operações em dólar e manter ativos em território americano. Além disso, havia restrições a relações comerciais com empresas dos Estados Unidos e à entrada no país.
A Lei Global Magnitsky permite que o governo americano aplique punições a autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Entre as medidas previstas estão bloqueio de bens, restrições financeiras e limitações migratórias.
Eduardo Bolsonaro lamenta fim de sanções contra Moraes
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta sexta-feira (12) a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro Alexandre de Moraes da lista de sanções da Lei Magnitsky. Em nota publicada nas redes sociais, o parlamentar afirmou ter recebido a informação “com pesar”.
De acordo com Eduardo Bolsonaro, o Brasil perdeu uma “janela de oportunidade” para enfrentar o que ele classificou como problemas estruturais do país. Além disso, o deputado avaliou que o episódio expôs fragilidades do cenário político interno.
O comunicado foi assinado em conjunto com Paulo Figueiredo, neto do último presidente do regime militar e aliado próximo do parlamentar.