Falência de empresas : Agência Brasil
Falência de empresas : Agência Brasil

Às vésperas do Natal e do Ano Novo, empresários brasileiros fazem o último balanço de 2025. O objetivo é claro: evitar a falência e começar 2026 com fôlego financeiro. Um levantamento da Allianz aponta que o número de empresas em falência registrou a quinta alta consecutiva. Além disso, a projeção indica crescimento de 3% em 2026.

Embora o ritmo tenha desacelerado, o cenário ainda preocupa. Em 2024, as falências cresceram 10%. Em 2025, a taxa caiu para 6%, mas segue elevada. Diante disso, empreendedores intensificaram o uso do planejamento tributário. A estratégia busca reduzir custos, melhorar margens e evitar problemas com o fisco.

Segundo Cristiane Almeida, diretora da Brasís Contabilidade, o planejamento correto pode mudar o rumo do negócio. “Com estratégia, é possível evitar multas e corrigir falhas que levam ao fechamento”, afirma.

Planejamento para evitar falência

Além disso, a especialista destaca que o planejamento precisa ir além dos impostos. Ele deve integrar gestão financeira, contábil e operacional. Dessa forma, empresas conseguem precificar melhor seus produtos. Também passam a usar créditos fiscais corretamente e evitam pagamentos indevidos.

No fechamento de 2025, Cristiane recomenda revisar a escrituração contábil e fiscal. Manter registros atualizados ajuda a reduzir riscos e facilita o cálculo dos tributos. Outro ponto essencial envolve pendências com a Receita Federal. Caso existam débitos ou declarações em atraso, a regularização deve ocorrer ainda em dezembro.

Além disso, pagamentos feitos sem nota fiscal exigem atenção. Segundo a especialista, é necessário cobrar o documento dos fornecedores para evitar penalidades futuras. Por fim, Cristiane reforça que nenhuma ponta pode ficar solta no fim do ano. “É hora de revisar cadastros, alvarás, declarações e documentos”, diz.

A comparação entre regimes tributários também entra na lista. Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real devem ser avaliados com base em margem, folha e crescimento.

Assim, o planejamento tributário deixa de ser custo e vira proteção. Em um cenário de falência em alta, ele pode ser decisivo para manter portas abertas em 2026.