Setor de aço / Agência Brasil
Setor de aço / Agência Brasil

O setor do aço encerra 2025 em um cenário de contrastes. Embora o faturamento da indústria tenha recuado, a produção siderúrgica mostrou reação e maior resiliência ao longo do ano.

De acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr), o faturamento da indústria do aço somou cerca de R$ 123,1 bilhões entre janeiro e setembro. Ainda assim, o valor representa queda de 2,1% na comparação anual.

O recuo reflete, principalmente, a redução da demanda e o impacto das taxações sobre produtos importados. Além disso, o ambiente macroeconômico instável limitou novos investimentos ao longo do ano.

Apesar desse cenário, a siderurgia seguiu um caminho diferente. No terceiro trimestre, o segmento apresentou crescimento, impulsionado pela recuperação gradual da construção civil e pela demanda por aços planos.

No mercado interno, o faturamento alcançou R$ 93,7 bilhões, alta de 2,2%. Já no mercado externo, a receita somou R$ 28 bilhões, com queda de 14,7%. Outras receitas avançaram 19,9%, totalizando R$ 1,4 bilhão. Assim, o aumento da produção e o controle de estoques ajudaram a amortecer parte da retração do setor.

Ano de ajustes para o setor de aço

Para empresas do setor, como a Pinheiro Ferragens, 2025 foi um ano de ajustes e fortalecimento interno. A CEO Janine Brito avalia que a gestão foi determinante para atravessar o período.

“Foi um ano desafiador, que exigiu adaptação constante. Mesmo com a queda no faturamento do setor do aço, conseguimos crescer internamente e fortalecer processos”, afirma.

Segundo ela, a reação da siderurgia traz sinais importantes para o próximo ano. “O crescimento da produção mostra que o setor está se reorganizando. Isso abre boas perspectivas para 2026”, completa.

Com isso, o setor do aço fecha 2025 mais cauteloso, porém estruturado. A indústria se ajusta, mantém protagonismo na construção e entra em 2026 com expectativa de retomada gradual.