
A Azul (AZUL4), que está em recuperação judicial, deu mais um passo no processo de reestruturação financeira. A companhia protocolou na CVM (Comissão de Valores Imobiliários) o pedido de registro de uma oferta pública de ações.
A operação prevê a emissão de 723,9 bilhões de novas ações ordinárias e o mesmo volume de ações preferenciais. Com isso, o montante estimado da oferta chega a R$ 7,44 bilhões.
O preço por ação da Azul foi fixado em R$ 0,00013527 para os papéis ordinários e R$ 0,01014509 para os preferenciais. Além disso, a subscrição ocorrerá por meio de cestas. Cada cesta inclui 1 milhão de ações ordinárias por R$ 135,27 ou 10 mil ações preferenciais por R$ 101,45.
Azul prevê conversão de títulos
Segundo a companhia, a oferta tem como objetivo viabilizar a capitalização compulsória das dívidas financeiras. Para isso, a Azul prevê a conversão de títulos emitidos no exterior em ações.
Enquanto isso, os atuais acionistas terão direito de prioridade na subscrição. As datas de corte definidas: 19 e 30 de dezembro de 2025.
O período de subscrição prioritária começa em 23 de dezembro de 2025 e segue até 5 de janeiro de 2026. Em seguida, as novas ações da Azul são negociadas na B3 em 8 de janeiro.
Por fim, a liquidação financeira está prevista para 9 de janeiro, com crédito das ações e dos bônus aos investidores em 12 de janeiro.
Azul (AZUL4) tem Ebitda de R$ 716,4 mi em outubro
A Azul (AZUL4), que está em recuperação judicial, anunciou na sexta-feira (28) que teve um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 716,4 milhões em outubro de 2025, o que representa um crescimento de 16,7% frente aos R$ 613,8 milhões de setembro, segundo fato relevante.
Desse modo, a receita líquida total da companhia somou R$ 1,9006 bilhão, ante R$ 1,831 bilhão do mês anterior.
A margem Ebitda ajustada passou de 33,5% para 37,7%.