
As projeções do Relatório Focus para 2025 mostraram diferenças relevantes em relação aos dados efetivos da economia brasileira, segundo levantamento com base em indicadores oficiais.
No caso da inflação, o mercado estimava IPCA de 4,99% no fim de 2025. No entanto, o índice acumulado em 12 meses até novembro ficou em 4,46%, abaixo do esperado.
Já o crescimento econômico surpreendeu positivamente. O Focus previa alta de 2,02% para o PIB, enquanto o resultado observado foi de 2,71% no terceiro trimestre de 2025, em 12 meses.
Por outro lado, o dólar terminou o ano abaixo das projeções. A expectativa era de R$ 6,00, mas a moeda norte-americana encerrou dezembro cotada a R$ 5,58. A taxa Selic também ficou levemente acima do previsto. O mercado projetava juros de 14,75% ao ano, enquanto a taxa básica fechou dezembro em 15%.
Entre os maiores desvios, o IGP-M chamou atenção. A expectativa era de alta de 4,87%, mas o índice acumulou queda de 0,11% em 12 meses até novembro. Além disso, a conta corrente teve déficit maior que o projetado, enquanto o investimento direto superou as estimativas iniciais do mercado.
Os dados reforçam que, embora o Relatório Focus seja uma referência importante, o cenário econômico pode divergir das expectativas ao longo do ano.
Focus reduz inflação de 2025 pela sexta semana seguida
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (22), mostrou nova redução na projeção de inflação para 2025. A estimativa caiu de 4,36% para 4,33%, segundo o mercado financeiro.
Além disso, o relatório aponta dólar mais alto no fim de 2025, em R$ 5,43. Já o PIB segue com expectativa de crescimento moderado, em 2,26%. Para 2026, os analistas reduziram a estimativa do IPCA para 4,06%. Esse foi o quinto recuo consecutivo. Para 2027, a projeção permaneceu estável em 3,80%.
Enquanto isso, o IGP-M deve registrar queda de 0,74% em 2025. A expectativa piorou em relação à semana anterior, que indicava recuo de 0,65%. O índice acumula 15 semanas de revisões negativas.
Para 2026, a projeção do IGP-M caiu levemente para 3,99%. Em 2027, a estimativa seguiu estável em 4,00%.