
O ouro caminha para encerrar 2025 como seu melhor ano desde 1979, com valorização próxima de 70%. O metal já beira US$ 4.500 por onça-troy, superando com folga o desempenho de índices como o S&P 500 e o Ibovespa.
Esse movimento reflete, sobretudo, a atuação de bancos centrais, especialmente da China e de países emergentes. Eles vêm reduzindo a exposição ao dólar e ampliando posições em ativos reais. Além disso, o aumento das dívidas públicas globais reforça a busca por proteção.
Ao mesmo tempo, o cenário geopolítico mais tenso elevou a aversão ao risco. Conflitos e incertezas internacionais levaram investidores a priorizar ativos físicos, como o ouro, em detrimento de promessas financeiras.
O rali não se limita ao ouro. A prata acumula alta de cerca de 140% no ano e já supera US$ 70. O movimento indica uma mudança estrutural no mercado, com metais preciosos ganhando espaço como peças centrais nas carteiras institucionais.
O desempenho reforça a leitura de que, em 2025, o ouro voltou a ocupar papel estratégico na proteção patrimonial e na diversificação de investimentos.
Chinesa compra minas de ouro no Brasil por US$ 1 bi
A canadense Equinox Gold firmou um acordo para vender suas operações de ouro no Brasil à chinesa CMOC Group por US$ 1,015 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). Com isso, a transação envolve três ativos estratégicos: a mina de Aurizona, no Maranhão; Riacho dos Machados, em Minas Gerais; e o Complexo Bahia, que reúne as minas Fazenda Brasileiro e Santa Luz.
De acordo com os termos divulgados nesta semana, a Equinox receberá US$ 900 milhões em dinheiro no fechamento da operação, previsto para o primeiro trimestre de 2026. Além disso, a empresa receberá outros US$ 115 milhões um ano depois, condicionados a ajustes contratuais e metas de produtividade.
Antes disso, porém, o negócio ainda precisa passar pela aprovação dos órgãos reguladores brasileiros. Segundo a companhia, a análise deve ocorrer ao longo dos próximos meses, permitindo a conclusão da venda no início de 2026.