(Foto: Scottsdale Mint/Unsplash)
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A última sexta-feira (26) de 2025 entrou para a história dos mercados financeiros. Portanto, a prata ultrapassou a marca de US$75 pela primeira vez. Além disso, o recorde veio acompanhado de fortes altas em outros metais preciosos. Consequentemente, investidores celebram um ano excepcional para esses ativos.

O ouro à vista subia 0,8% para US$ 4.516,50 por onça após atingir recorde de US$ 4.530,60. Além disso, a prata à vista saltava 4% para US$ 74,82 por onça depois de atingir recorde histórico de US$ 75,14. Portanto, todos os metais preciosos renovaram máximas simultâneas.

A prata protagoniza uma das maiores valorizações da história recente. Assim, o metal acumula alta de 158% no ano devido a déficits de oferta e designação como mineral crítico dos EUA. Além disso, a demanda industrial forte impulsiona os preços consistentemente.

O ouro também brilha intensamente neste fim de ano. Portanto, caminha para encerrar 2025 com valorização de 71%, a maior desde 1979. Consequentemente, supera com folga o desempenho do S&P 500. Enquanto isso, analistas apostam em continuidade do rali.

Platina e paládio também disparam

Outros metais não ficaram para trás nessa corrida histórica. Assim, a platina à vista subia 7,3% para US$ 2.382,35 por onça após atingir recorde de US$ 2.448,25. Além disso, o paládio tinha alta de 8,3% para US$ 1.823,76. Consequentemente, todos registram ganhos semanais expressivos.

A platina registra seu maior aumento semanal já documentado. Portanto, o desempenho excepcional reflete mudança estrutural no mercado. Além disso, especialistas apontam fatores técnicos e fundamentais convergindo.

Fatores por trás do recorde

Giovanni Staunovo, analista do UBS, explica os motivos principais. Portanto, a perspectiva de taxa de juros mais baixa nos EUA sustenta demanda por ouro e prata Além disso, isso eleva ambos os metais a novos picos recordes.

Contudo, há outro fator amplificando movimentos no curto prazo. Assim, a baixa liquidez está ampliando volatilidade em todos os metais preciosos. Consequentemente, oscilações se tornam mais intensas durante período de festas.

O Federal Reserve também desempenha papel crucial nesse cenário. Portanto, mercados precificam dois cortes nos juros no próximo ano. Além disso, expectativas de Fed mais dovish sustentam metais. Enquanto isso, ouro sem rendimentos torna-se mais atrativo.

Autoridades monetárias globais compraram mais de mil toneladas de ouro anualmente nos últimos três anos. Assim, representa o dobro da média da década anterior. Consequentemente, bancos centrais tornaram-se compradores estruturais.

Projeções para 2026

O Banco do Povo da China lidera esse movimento estratégico. Portanto, aumentam as reservas de ouro sistematicamente desde 2022. Além disso, busca diminuir a dependência de ativos americanos. Enquanto isso, outros bancos centrais seguem o exemplo chinês.

Instituições financeiras apostam na continuidade do rali dos metais. Portanto, o JPMorgan projeta que o ouro ultrapasse US$5 mil por onça-troy em 2026. Além disso, outros bancos compartilham visão otimista. Consequentemente, investidores mantêm exposição elevada.

Investidores se animaram com o início do ciclo de corte de juros pelo Fed. Assim, os juros situam-se entre 3,5% e 3,75% ao ano após três cortes consecutivos. Portanto, ambiente favorável para metais preciosos. Além disso, ativo sem rendimentos tende a se sair bem.

Apesar do otimismo dominante, alguns riscos merecem atenção. Portanto, eventual fortalecimento do dólar pode pressionar cotações. Além disso, reversão prematura na política monetária americana preocupa. Enquanto isso, investidores monitoram dados econômicos atentamente.

A volatilidade também tende a permanecer elevada no curto prazo. Assim, baixa liquidez amplifica movimentos em ambas direções. Consequentemente, investidores devem preparar-se para oscilações bruscas. Contudo, tendência de longo prazo parece consolidada.