Novo salário mínimo
Novo salário mínimo / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O salário mínimo de R$ 1.621 deve injetar R$ 81,7 bilhões na economia, segundo estimativa do Dieese. O novo valor entra em vigor em 1º de janeiro e começa a ser pago em fevereiro.

Além disso, o cálculo considera efeitos diretos sobre renda, consumo e arrecadação. Ainda assim, o cenário fiscal mais restritivo limita ganhos adicionais.

De acordo com o Dieese, cerca de 61,9 milhões de brasileiros terão rendimentos impactados pelo piso nacional. Desse total, 29,3 milhões são aposentados e pensionistas do INSS.

Enquanto isso, 17,7 milhões são empregados formais. Outros 10,7 milhões atuam como trabalhadores autônomos. Além disso, o reajuste alcança 3,9 milhões de empregados domésticos. Também afeta 383 mil empregadores, segundo a entidade.

O novo salário mínimo representa reajuste nominal de 6,79%. A correção segue a política permanente de valorização do piso salarial.

Impacto nas contas públicas

Por outro lado, o aumento do salário mínimo pressiona despesas obrigatórias do governo. Segundo o Dieese, o efeito sobre o Orçamento é significativo.

A Previdência Social deve registrar aumento de R$ 39,1 bilhões em despesas em 2026. Além disso, cada R$ 1 de reajuste gera custo adicional de R$ 380,5 milhões.

Cerca de 46% dos gastos previdenciários sofrem impacto direto do novo piso. Já 70,8% dos beneficiários recebem valores atrelados ao salário mínimo.

Como foi calculado o reajuste

O reajuste do salário mínimo segue a Lei 14.663, de 2023. A regra combina inflação medida pelo INPC e crescimento do PIB de dois anos antes. No entanto, o novo arcabouço fiscal limita o ganho real. Assim, o crescimento do PIB, de 3,4%, foi restrito a 2,5%.

Com isso, o cálculo considera inflação integral de 4,18%. A combinação resultou em aumento nominal de R$ 103 no salário mínimo.

Dessa forma, o desafio do governo será equilibrar renda maior com controle fiscal.
O foco segue no cumprimento das metas e na sustentabilidade das contas públicas.

Salário mínimo vai para R$ 1.621 em janeiro

O presidente Lula oficializou o novo salário mínimo para 2026. O valor será de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro. Além disso, representa reajuste de 6,79% sobre os R$ 1.518 atuais. Portanto, são R$ 103 a mais no bolso do trabalhador. Consequentemente, benefícios previdenciários também sobem.

O presidente oficializou o reajuste nesta quarta-feira (24). O decreto foi publicado no Diário Oficial da União. Portanto, a medida já tem validade legal. Consequentemente, empregadores devem se preparar para o novo piso salarial.

Com o novo mínimo, o valor da diária de trabalho será R$ 54,04. Além disso, o valor mínimo por hora trabalhada passará a ser R$ 7,37. Portanto, esses valores servem como referência para pagamentos proporcionais.