
Donald Trump e Volodymyr Zelensky se encontram neste domingo (28) em momento decisivo. Portanto, o presidente da Ucrânia chega nos Estados Unidos para reunião com o líder americano. Além disso, o encontro acontece enquanto a capital ucraniana Kiev é atacada por mísseis e drones russos. Consequentemente, bombardeios lembram que a guerra continua mesmo durante negociações aceleradas.
As negociações em Mar-a-Lago, anunciadas com apenas dois dias de antecedência, visam resolver divergências. Portanto, buscam consenso no plano de paz original de 28 pontos que Trump propôs e que a Ucrânia revisou para 20 pontos. Além disso, os enviados americanos trabalham intensamente para finalizar uma proposta aceitável, com isso, a pressão aumenta sobre ambos os lados para fechar acordo rapidamente.
90% já está acordado
As negociações avançaram significativamente nas últimas semanas, segundo fontes americanas. Assim, autoridades americanas descreveram progressos significativos nos esforços de paz. Além disso, um funcionário dos EUA afirmou que 90% dos termos do acordo já foram definidos. Portanto, Zelensky confirmou esse número na sexta-feira. Consequentemente, faltam apenas detalhes finais mas cruciais para conclusão.
“Não é fácil. Ninguém está dizendo que será 100% de imediato”, reconhece Zelensky. Contudo, “devemos nos aproximar do resultado desejado a cada reunião”. Portanto, o otimismo cauteloso marca declarações públicas de ambos os lados. Além disso, Trump disse que espera que a reunião ocorra bem. Consequentemente, as expectativas sobem para o encontro deste domingo em Palm Beach.
Os 10% que travam tudo
Os 10% restantes têm se mostrado difíceis de resolver. Portanto, incluem controversa questão das concessões territoriais necessárias para pôr fim à guerra. Além disso, a Rússia não recuou em suas exigências, incluindo cessão de toda região leste de Donbas, pela Ucrânia. Consequentemente, o impasse territorial representa o maior obstáculo para a paz definitiva.
Zelensky não descarta totalmente concessões e afirma que submeterá plano a referendo. Contudo, isso acontecerá caso a Rússia concorde com cessar-fogo. Portanto, a Constituição da Ucrânia exige que quaisquer alterações nas fronteiras sejam aprovadas em referendo. Consequentemente, a decisão final sobre território caberá ao povo ucraniano.
Zona econômica livre proposta
O lado americano apresentou ideias instigantes sobre como resolver o impasse. Assim, incluem desenvolvimento de zona econômica livre na parte leste da Ucrânia. Além disso, a proposta busca compensar perdas territoriais com benefícios econômicos. Portanto, a região em disputa poderia ter status especial temporário. Consequentemente, a criatividade diplomática tenta superar objeções de ambos os lados.
Também permanece sem solução destino da usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia. Portanto, maior usina nuclear da Europa representa questão sensível de segurança. Além disso, Zelensky propõe que usina seja operada por empresa conjunta entre EUA e Ucrânia. Consequentemente, 50% da produção destinada à Ucrânia e restante alocado por Washington.
Putin ameaça enquanto negocia
A Rússia não estará representada na reunião deste domingo. Contudo, permanece incerto se Moscou está disposta a concordar com cessar-fogo imediato. Portanto, Trump frequentemente apontou ambos países como obstáculos. Além disso, Putin afirmou que se Kiev não resolver pacificamente, Rússia alcançará objetivos por meios militares. Consequentemente, ameaças continuam mesmo com negociações avançadas.
A Rússia lançou 519 drones e 40 mísseis contra Ucrânia durante madrugada de sábado. Portanto, a intensidade dos ataques aumenta justamente durante o processo de paz. Além disso, Zelensky declarou que embora os russos estejam em negociações, violência atual fala por si só. Consequentemente, a desconfiança marca relações entre partes mesmo com acordos próximos.
Zelensky deseja concluir acordo incluindo definição de garantias de segurança dos EUA. Portanto, busca assegurar que a Rússia não possa invadir novamente após o fim da guerra. Além disso, o conjunto de garantias semelhante ao Artigo 5 da Otan foi elaborado em Berlim. Consequentemente, permitiriam a dissuasão de agressões, mecanismos de resolução e monitoramento de acordo.