Foto: Reprodução Pixabay
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O Ibovespa caiu -0,25% nesta segunda (29), aos 160.147 pontos, em pregão de baixo volume e maior volatilidade. Já o dólar subiu 0,48%, a R$ 5,57, pressionado por remessas ao exterior e liquidez reduzida.

O movimento refletiu realização de lucros, cautela com o noticiário e pressão sobre bancos, enquanto petroleiras limitaram as perdas com a alta do petróleo.

Bancos pressionam índice; petroleiras sobem com petróleo

Entre os destaques negativos do dia estiveram os papéis do setor bancário. Ações de Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander Brasil operaram em queda, em meio à repercussão do plano de reestruturação dos Correios, que envolve R$ 12 bilhões em linhas de crédito concedidas pelas instituições financeiras.

Na ponta positiva, o setor de óleo e gás foi o principal suporte do Ibovespa. As ações de Petrobras, PRIO, PetroRecôncavo e Brava Energia avançaram, acompanhando a valorização do petróleo no exterior. Brent e WTI subiram mais de 2%, em meio a notícias contraditórias sobre possível paz entre Rússia e Ucrânia e ao aumento das tensões no Oriente Médio.

Petróleo fecha em forte alta com geopolítica no radar

O petróleo fechou em forte alta, com investidores reagindo às negociações entre EUA, Ucrânia e Rússia e às incertezas no Oriente Médio.

  • WTI (fevereiro): +2,36%, a US$ 58,08 o barril
  • Brent (março): +2,07%, a US$ 61,49 o barril

Apesar da alta, o mercado segue sensível a declarações conflitantes sobre as negociações de paz, mantendo elevada a volatilidade da commodity.

Tesouro tem superávit, mas INSS segue como ponto de pressão

No noticiário fiscal, as contas do Tesouro Nacional, que incluem o Banco Central, registraram superávit primário de R$ 1,114 bilhão em novembro. No acumulado de 2025, o saldo positivo chega a R$ 244,452 bilhões, reforçando o desempenho fiscal do governo central.

O dado, no entanto, contrasta com o resultado do INSS, que voltou a pressionar as contas públicas. O instituto registrou déficit primário de R$ 21,286 bilhões em novembro e acumula rombo de R$ 328,275 bilhões no ano, mantendo a Previdência como o principal desafio estrutural das finanças federais.

Clima de cautela marca o fim do ano

Além do giro reduzido, investidores monitoraram desdobramentos envolvendo o caso Banco Master, após confirmação de acareação no Supremo Tribunal Federal entre executivos do banco e representantes do Banco Central. O episódio adicionou um componente extra de cautela ao pregão.

Com isso, o mercado encerra a sessão em tom defensivo, ajustando posições às vésperas do último pregão do ano, em um cenário ainda sensível a fatores políticos, fiscais e geopolíticos.