Imagem realista ilustrando o ambiente do mercado financeiro no último pregão de 2025. Em primeiro plano, uma xícara de café fumegante sobre uma mesa de madeira, ao lado de um notebook exibindo gráficos de ações em alta. Ao fundo, uma tela de TV mostra uma manchete com os termos “FED”, “CAGED” e “último pregão 2025”, com gráficos de candlestick e dados do mercado em tempo real. A composição transmite a atmosfera de análise econômica matinal, típica de uma cobertura jornalística sobre os desdobramentos do mercado no encerramento do ano. Ideal para matérias financeiras, blogs de investimentos e portais de notícias.
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O mercado financeiro hoje chega à última sessão de 2025 com baixa liquidez, agenda carregada e investidores atentos a sinais vindos dos Estados Unidos, do Brasil e do noticiário corporativo.

O pregão desta terça-feira (30) concentra divulgações relevantes de política monetária, mercado de trabalho e movimentos estratégicos de grandes companhias listadas na Bolsa brasileira.

Ata do Fed e juros dos EUA no foco dos investidores

O principal destaque internacional do dia é a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve, prevista para as 16h (horário de Brasília). O documento é acompanhado de perto porque pode trazer pistas sobre os próximos passos da política de juros nos Estados Unidos.

Além disso, declarações recentes do presidente norte-americano Donald Trump reacenderam tensões institucionais ao envolver críticas diretas ao presidente do Fed, Jerome Powell, e a possibilidade de indicar um novo nome para o comando da autoridade monetária já em janeiro.

Na Ásia, os investidores monitoram os índices de gerentes de compras (PMIs) da China, termômetro importante da atividade econômica da segunda maior economia do mundo. Na América Latina, o Chile divulga sua taxa de desemprego, dado que ajuda a calibrar expectativas regionais.

Ibovespa encerra 2025 com ajuste e liquidez reduzida

No Brasil, o Ibovespa, principal índice da B3, fechou o pregão anterior em leve queda de 0,25%, aos 160.490,30 pontos. O movimento refletiu um cenário típico de fim de ano, com menor volume de negócios e ajustes pontuais em papéis que acumularam ganhos relevantes ao longo de 2025.

Entre os destaques negativos esteve a Vale (VALE3), que passou por um movimento de realização de lucros após forte desempenho no mês e no ano. Segundo Guilherme Falcão, sócio da One Investimentos, a correção era esperada diante do bom trimestre da companhia.

Agenda econômica no Brasil: Caged, desemprego e fiscal

A agenda doméstica concentra dados importantes para leitura da atividade econômica e das contas públicas. O mercado acompanha, entre outros indicadores, o Caged de novembro, com expectativa de criação líquida de 75 mil vagas formais.

Também entram no radar os números de desemprego, confiança no setor de serviços e o resultado primário do setor público. Na véspera, o Tesouro Nacional informou déficit primário de R$ 20,172 bilhões em novembro, acima do projetado por analistas consultados pela Reuters, mas manteve a projeção de superávit no fechamento de 2025.

Petróleo sobe e Petrobras volta ao centro das atenções

No mercado internacional de commodities, os preços do petróleo avançaram mais de US$ 1 por barril. O movimento ocorreu após declarações da Rússia sobre um suposto ataque ucraniano à residência do presidente Vladimir Putin e diante do aumento das tensões no Oriente Médio, especialmente no Iêmen.

O barril do Brent fechou a US$ 61,94, enquanto o WTI encerrou a US$ 58,08. Com isso, a Petrobras (PETR3; PETR4) voltou ao radar dos investidores, após valorização recente de suas ações acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional.

Ações para acompanhar: Casas Bahia, Moura Dubeux e Unifique

O noticiário corporativo também movimenta o mercado financeiro hoje, com decisões relevantes envolvendo empresas listadas na B3.

A Casas Bahia (BHIA3) anunciou a conclusão de sua reestruturação de capital, reduzindo o endividamento em cerca de R$ 3 bilhões. A companhia estima economia de caixa de aproximadamente R$ 4,7 bilhões entre 2026 e 2030, com impacto direto nas despesas financeiras.

Já a Moura Dubeux (MDNE3) cancelou uma assembleia que trataria de bonificação em ações e optou pela distribuição de R$ 351,7 milhões em dividendos, a R$ 4,16 por ação, com pagamentos previstos até 2028.

A Unifique (FIQE3), por sua vez, aprovou dividendos intermediários de R$ 200 milhões e um aumento de capital por meio de bonificação em ações, movimento que altera a estrutura acionária da empresa.

Outros destaques corporativos e políticos

Entre outros pontos do dia, a CSN (CSNA3) obteve financiamento de R$ 1,13 bilhão do BNDES para modernização da Usina Presidente Vargas, enquanto a Azul (AZUL4) divulgou números preliminares de novembro no contexto do Chapter 11 nos EUA.

No campo político, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado após procedimento médico, e os Correios apresentaram um plano de reestruturação que prevê captação de recursos, venda de ativos e fechamento de unidades.