O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2021. O IBGE disse que a economia cresceu 4,8% e não os 5% estimados anteriormente. Em valores correntes, o PIB brasileiro foi de R$ 9 trilhões e o PIB per capita, de R$ 42.247,52. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais do IBGE.
De acordo com o IBGE, a revisão se deve, principalmente, à “incorporação de novos dados sobre as atividades de serviços, disponibilizados pela Pesquisa Anual de Serviços (PAS)”.
“O crescimento dos serviços foi revisado de 5,2% para 4,8%, com destaque para a revisão na atividade transporte, armazenagem e correio (de 12,9% para 6,5%). O crescimento da indústria foi revisado para cima, de 4,8% para 5%, enquanto a agropecuária foi revisada de 0,3% para 0%”, explicou o IBGE.
“A retomada dos serviços presenciais paralisados em 2020, incluindo viagens e entretenimento, explicam parte do crescimento. Outra parte deveu-se ao crescimento de determinados segmentos da indústria, como os de veículos e máquinas e equipamentos, e ao crescimento da construção”, afirma Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.
Em 2021, segundo o instituto, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, com destaque para informação e comunicação (13,9%) e construção (12,6%).
As despesas de consumo final, que incluem o consumo das famílias, cresceram 3,3% em 2021. Só o consumo das famílias, que representa mais de 60% do PIB, aumentou 2,9%.
Boletim Focus: mercado reduz previsão de alta do PIB em 2023
Analistas consultados pelo BC em outubro, apresentaram uma alteração na expectativa de projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 passou de 2,92% para 2,90%, contra 2,92% há um mês. Considerando apenas as 75 respostas nos últimos cinco dias úteis a estimativa para o PIB no fim de 2023 continuou em 2,90%.
Para 2024, o Relatório Focus também trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Considerando apenas as 73 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também seguiu em 1,50%.