Balanço

ADM: lucro cai pela metade em 2024, para US$ 1,8 bilhão

Em todo o ano de 2024, a receita foi de US$ 85,5 bilhões, ante US$ 93,9 bilhões em 2023

ADM
Foto: ADM/Divulgação

A companhia agrícola americana ADM registrou um lucro líquido de US$ 1,8 bilhão em 2024, quase a metade do atingido em 2023, de US$ 3,5 bilhões. No quarto trimestre do ano, o lucro líquido da empresa foi de US$ 567 milhões, enquanto a receita alcançou US$ 21,5 bilhões, com uma queda de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Em todo o ano de 2024, a receita foi de US$ 85,5 bilhões, ante US$ 93,9 bilhões em 2023. Em lucro operacional, o setor de soluções em carboidratos atingiu US$ 319 milhões no último trimestre do ano, com alta de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já o setor de serviços agrícolas e oleaginosas teve um lucro operacional de US$ 644 milhões, queda de 310%. Enquanto isso, o segmento de Nutrição cresceu 98%, para US$ 88 milhões nos últimos três meses do ano.

“Com condições de mercado mais brandas e incerteza política em todo o mundo em 2025, estamos focados em melhorar nosso desempenho operacional, acelerar a economia de custos e simplificar nosso portfólio”, afirmou o CEO da ADM, Juan Luciano, na nota do balanço.

“Como parte desse esforço, estamos anunciando ações direcionadas para entregar de US$ 500 milhões a 750 milhões em economia de custos nos próximos três anos”, completou.

Lavoro tem prejuízo de R$ 267,1 milhões no 1º trimestre fiscal

A distribuidora de insumos Lavoro teve um prejuízo líquido de R$ 267,1 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2025 (entre 1º de julho e 30 de setembro de 2024). No mesmo período do ano fiscal de 2024, o resultado negativo foi de R$ 71 milhões.

O prejuízo aumentou especialmente em razão do resultado negativo de R$ 152,1 milhões em ativos fiscais diferidos e de uma alta nos custos financeiros de R$ 60,7 milhões. A receita consolidada da empresa caiu 13%, para R$ 2,05 bilhões, com queda nos preços dos insumos no Brasil e dificuldades de liquidez, segundo a empresa.

A empresa está listada na Nasdaq e caiu 24% em dólares, para US$ 370,2 milhões, impactada pela desvalorização do real em relação ao dólar.

Enquanto isso, a companhia teve uma alta na margem bruta de 3,2%, alcançando 15,6%, motivada por melhores condições de distribuição no varejo agrícola brasileiro. Também registrou um crescimento no lucro bruto em reais de 10%, atingindo R$ 321,2 milhões. Porém, em dólares, houve queda no lucro bruto de 4%, para US$ 57,9 milhões.

O Ebitda ajustado da empresa em reais, de R$ 54,4 milhões, caiu 5%, impactado por custos com funcionários e previsões para inventário vencido.