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A fabricante de máquinas agrícolas AGCO, dona da Fendt, Valtra e Massey Ferguson, teve um prejuízo de US$ 424,8 milhões em 2024, ante o lucro líquido de US$ 1,17 bilhão em 2023. No quarto trimestre, o prejuízo líquido da AGCO foi de US$ 255,7 milhões, contra um lucro de US$ 339 milhões no mesmo período de 2023.
A piora nos resultados ocorreu em razão de um menor investimento dos produtores, motivado por uma baixa nos preços das commodities (principalmente milho e soja), que também afetou outras empresas do setor. Os efeitos dessa retração foram observados principalmente a partir do segundo trimestre de 2024.
Dessa forma, as vendas da AGCO caíram 19,1% em 2024, para US$ 11,7 bilhões. Nos últimos três meses do ano, houve uma queda de 24%, para US$ 2,9 bilhões. Enquanto na América do Norte as vendas caíram 24% em 2024; na América do Sul houve recuo de 41%; na Ásia, Pacífico e África de 22,8%; e de 9,6% na Europa e Oriente Médio.
Bom desempenho, apesar de desafios para a AGCO
“A AGCO entregou fortes resultados no quarto trimestre com uma margem operacional ajustada de 9,9%, mesmo com dinâmicas de mercado desafiadoras e cortes agressivos de produção”, afirmou Eric Hansotia, presidente e CEO da AGCO, em nota.
“Cortamos nossas horas de produção em 33% no quarto trimestre e encerramos o ano com menor estoque da empresa e nos revendedores em comparação a 2023. Nosso desempenho de margem operacional ajustada para o ano inteiro de 8,9% é de longe nosso melhor desempenho em uma crise do setor”, disse Hansotia.
A empresa espera uma mais uma queda nas vendas globais em 2025, para US$ 9,6 bilhões, em razão de um câmbio desfavorável e expectativa de recuo das vendas. Além disso, a AGCO prevê uma margem operacional ajustada de 7% a 7,5%, ante 8,9% em 2024.