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A AGCO, fabricante de máquinas agrícolas dona da Fendt, Massey Ferguson e Valtra, projeta um crescimento de vendas na faixa entre 0% e 5% no Brasil em 2025. O país é um dos mercados mais promissores em todos os cenários projetados pela companhia, segundo informações do “Globo Rural”.
A empresa pretende investir R$ 300 milhões no Brasil neste ano para a expansão de fábricas e melhoria de equipamentos. Em 2024, foram investidos R$ 350 milhões no país.
A empresa está mudando sua estratégia global para que o Ocidente dependa cada vez menos do Oriente. Assim, os produtos feitos na China pela AGCO têm abastecido apenas o mercado chinês.
“A tensão entre China e Ocidente acontece há alguns anos. Decidimos estabelecer uma base de suprimentos sem depender dos chineses”, afirmou Eric Hansoti, CEO da empresa, a jornalistas. “Tentamos estabelecer muitos cenários sobre o que pode acontecer com a (eventual imposição) de novas tarifas entre os países”, completou.
As declarações foram feitas nesta segunda-feira (10), em evento de inauguração do novo centro de retificação de transmissões CVT e mecânicas em Jundiaí (SP) da AGCO Reman, além de um centro de especialização técnica para concessionários e funcionários da companhia.
Guerra tarifária entre EUA e China pode beneficiar o Brasil, diz CEO da AGCO
“No ano passado, tivemos queda no preço dos grãos e quebra de safra. Dessa vez, o país deve ter uma colheita recorde”, disse Hansotia. “Além disso, a alta do dólar também pode favorecer o produtor brasileiro que ganha mais em reais”.
O executivo também ressaltou que a disputa tarifária entre China e EUA pode beneficiar os brasileiros, aumentando as vendas de grãos, repetindo o que ocorreu no primeiro mandato de Trump, em que as exportações para a China cresceram 50%.
“Há três razões para investirmos no Brasil: o país ainda tem capacidade de expansão de terras (de cultivo), consegue até cinco safras por ano e tem uma curva muito grande de uso e interesse por agricultura de precisão”, disse Hansotia.