A FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) pediu “cautela e diplomacia firme” após o anúncio da tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil. A carta aberta foi publicada na noite desta quarta-feira (9), no site da Agência FPA.
O presidente Lula convocou uma reunião em Brasília após o anúncio feito por Donald Trump, presidente dos EUA.
“A nova alíquota produz reflexos diretos e atingem o agronegócio nacional, com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”, escreveu a Frente.
A carta finaliza com: “A FPA reitera a importância de fortalecer as tratativas bilaterais, sem isolar o Brasil perante as negociações. A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas”.
Trump implementa tarifa de 50% sobre o Brasil
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que irá implementar uma tarifa de 50% sobre todas as importações vindas do Brasil.
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O norte-americano compartilhou a notícia em carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) na sua rede social, a Truth Social. No documento, Donald Trump atribuiu a cobrança a uma relação, supostamente, injusta com o Brasil e ao tratamento com o ex-presidente, Jair Bolsonaro (que ele voltou a defender nesta quarta-feira), disse a CNN.
“O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom”, disse Trump a repórteres em um evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca. “Vamos divulgar um número para o Brasil, creio eu, no final desta tarde ou amanhã de manhã.”
O republicano disse que as tacas tarifárias anunciadas nesta semana foram baseadas em “fatos muito, muito significativos” e no histórico passado, disse o MoneyTimes. As novas alíquotas serão válidas a partir de 1º de agosto de 2025.
Ainda esta semana, o republicano tinha demonstrado descontentamento com o Brasil em dois momentos. Enquanto a Cúpula do Brics estava sendo realizada no Rio de Janeiro, Trump afirmou que a postura dos países do bloco era “anti-americana” e ameaçou taxar os parceiros comerciais dos Brics em 10%.
