
A rede de lojas de insumos agrícolas AgroGalaxy (AGXY3), em recuperação judicial, planeja agrupar ações na B3 para cumprir a exigência de que o os papeis sejam negociados acima de R$ 1,00, como anunciou a empresa na sexta-feira (28). A proposta vai ser votada por acionistas em 3 de abril, de acordo com fato relevante da companhia.
Se o plano for aprovado, uma ação da empresa vai ser equivalente ao que eram 15 ações. “Além de adequar a cotação das ações ordinárias ao referido Regulamento de Emissores, a implementação do grupamento viabilizará um mercado secundário mais saudável e justo, objetivo almejado pela própria regra da B3”, disse a companhia.
Com o grupamento, o número de ações da AgroGalaxy vai ser reduzido de 254,5 milhões para 16,97 milhões, sem alterar o valor total da companhia. Para não saírem perdendo, os acionistas vão ter um prazo de pelo menos 30 dias para ajustar suas posições antes da mudança, comprando ou vendendo papeis.
Os acionistas que não terminarem com um número de ações que seja múltiplo de 15 vão ter suas frações vendidas em leilões da B3, com distribuição proporcional do valor arrecadado.
Mais detalhes vão ser divulgados pela AgroGalaxy nesta sexta-feira (7)
A AgroGalaxy disse que vai dar mais detalhes sobre o processo em 7 de março. “A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados”, disse a empresa, no comunicado. Por volta das 12h25 desta quinta-feira (6), as ações da empresa estavam em queda de 3,85%, cotadas a R$ 0,50.
A empresa entrou em recuperação judicial em setembro do ano passado, com uma dívida de R$ 4,6 bilhões. Após o início do processo, a companhia já fechou metade de suas lojas, demitiu 40% dos funcionários e, no terceiro trimestre de 2024, teve um prejuízo de R$ 1,58 bilhão, o que representa uma alta anual de 1.679%.
A estratégia da Agrogalaxy para sair da crise inclui a venda de uma carteira de dívidas vencidas de R$ 760 milhões e a reativação de um fundo para antecipar recebíveis de vendas a produtores rurais.