O agronegócio fortalece a economia do Centro-Oeste e agora também acelera o crescimento da infraestrutura logística.
A região vive um novo ciclo de desenvolvimento estratégico.
De acordo com a consultoria Binswanger, o Centro-Oeste liderará o crescimento percentual de galpões logísticos no Brasil até o fim de 2025, com uma alta de 25,7%.
Essa expansão corresponde a 151 mil metros quadrados adicionais aos 587,8 mil atuais.
O avanço acompanha a expansão econômica e o aumento do consumo nas capitais.
Agronegócio e consumo incentivam grandes investimentos
Com o avanço do agronegócio, empresas do setor logístico apostam pesado na região.
A Log, por exemplo, já investiu R$ 600 milhões e planeja aplicar mais R$ 400 milhões.
Os projetos estão distribuídos entre Goiânia, Cuiabá e Campo Grande.
A companhia foca em capitais com baixa oferta de galpões classe A, mas com forte potencial de demanda.
Além disso, a XP, em parceria com a Exeter, desenvolve um centro logístico em Brasília.
O Patria também comprou um ativo em Goiânia por R$ 135 milhões.
Região ainda carece de infraestrutura de qualidade
Apesar do crescimento, o Centro-Oeste ainda apresenta baixa densidade logística.
São apenas 0,04 metro quadrado de galpão por habitante, contra 0,11 no Sul.
Faltam galpões de alto padrão, como os Triple A. Ainda predominam barracões antigos e estruturas obsoletas, que limitam a eficiência das operações empresariais.
Mesmo assim, as oportunidades se multiplicam.
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O aumento da demanda pressiona o mercado a oferecer empreendimentos mais modernos, bem localizados e adaptados aos novos padrões.
E-commerce e agronegócio estimulam a demanda por galpões
O avanço do comércio eletrônico ampliou a necessidade de centros de distribuição em novas regiões.
O Centro-Oeste, por isso, tornou-se estratégico para ampliar a cobertura nacional.
Ao mesmo tempo, o agronegócio não utiliza galpões logísticos diretamente.
No entanto, ele fortalece a economia regional, gera empregos e impulsiona o consumo nas capitais.
Isso atrai empresas de medicamentos, alimentos refrigerados e outros setores que precisam de infraestrutura eficiente para distribuição rápida e segura.
Logística cresce com foco em eficiência e planejamento
A Log busca vender ativos locados a operadores logísticos.
A alta liquidez mostra que investidores já percebem o valor estratégico da região para seus negócios.
Bruno Margato, do Patria, vê potencial na região, mas mantém cautela.
Ele afirma que o desenvolvimento será gradual, seguindo a demanda e evitando riscos especulativos.
A Binswanger projeta que o estoque regional poderá atingir 1 milhão de metros quadrados nos próximos anos.
Embora ainda distante do Sul, o salto é significativo.
Portanto, o agronegócio segue como base econômica do Centro-Oeste.
Agora, impulsiona também a infraestrutura logística, revelando um novo ciclo de expansão e oportunidades.
