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Café: alta leva a quebra de contratos em MG e preocupa mercado

As empresas que relataram problemas foram a Atlântica e Cafebras, do grupo Montesanto Tavares, a Central do Café e a Coocem Cooperativa Central de Muzambinho

Café
Café / Foto: Freepik

A forte alta dos preços do café está levando a quebra de contratos e prejuízos a comerciantes que fecharam contratos futuros de venda do grão nos últimos meses, esperando uma queda nos preços. Segundo informações do “Globo Rural”, pelo menos quatro empresas de Minas Gerais tiveram problemas relacionados à questão.

Os casos ainda são pontuais, mas geram temores. As empresas que relataram problemas foram a Atlântica e Cafebras, do grupo Montesanto Tavares, a Central do Café e a Coocem Cooperativa Central de Muzambinho. Elas fecharam contratos futuros sem possuir o grão, na expectativa de uma queda nos preços antes da entrega.

Porém, ainda não houve queda nesses valores, tanto nas bolsas internacionais quanto no Brasil. Dessa forma, as empresas perderam fluxo de caixa e tiveram prejuízos, além de terem quebrado contratos. Também houve produtores que entregaram café nos armazéns dos comerciantes esperando o pagamento, mas não receberam.

Produtores entregaram café, mas não receberam pagamento

Os casos mais recentes foram os da Central do Café e da Coocem, de Muzambinho. A empresa e a cooperativa, que operam unidas, suspenderam operações há duas semanas e deixaram sem pagamento 380 produtores de Muzambinho, Monte Belo, Nova Resende e Cabo Verde, que entregaram café aos armazéns.

O dono da Central do Café e presidente da Coocem, Creucio Carlos de Oliveira, propôs, em reunião com cafeicultores nesta segunda-feira (24), que imóveis fossem vendidos para pagar os produtores. Ele também pediu descontos pelas sacas de café para quitar dívidas, segundo informações do “Globo Rural”.

Além disso, Oliveira disse aos produtores que a empresa não pagou por estar passando por dificuldades financeiras, e não por desvio de recursos. Sem fixar preço, os cafeicultores deixaram o produto na cooperativa para a venda pela Central do Café.

Porém, eles afirmaram ao “Globo Rural” que a central vendeu o grão sem informar o valor da venda nem o destino do dinheiro.