Banco do Brasil / Foto: Divulgação
Banco do Brasil / Foto: Divulgação

O Banco do Brasil (BBAS3) desembolsou cerca de R$85 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra 2025/26, que começou em 1º de julho e se estende até junho de 2026.

O montante, divulgado pelo vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do banco, Gilson Bittencourt, engloba operações realizadas entre julho e o fim de novembro. O volume representa uma queda em relação aos R$105 bilhões verificados no mesmo período da temporada anterior.

Os recursos incluem crédito rural, títulos agrícolas como Cédulas de Produto Rural (CPRs), crédito agroindustrial e recursos para capital de giro, além das atuais operações de renegociação de dívidas rurais.

Retração no crédito rural

Analisando exclusivamente às operações de crédito rural, o banco registrou um pagamento de R$78,3 bilhões no acumulado da safra, ante R$96 bilhões reportados no mesmo período da temporada anterior, configurando também uma retração significativa.

Apesar da menor contratação pelos produtores rurais, o BB projeta um melhor equilíbrio no desembolso até o encerramento da safra em julho de 2026.

O banco vai ofertar R$230 bilhões em financiamentos para o agronegócio na safra atual, valor 2% superior ao desembolsado na temporada 2024/25.

“Olhando a esteira de pedidos em análise, a expectativa é que ao fim deste mês tenhamos chegado ao teto de limite de várias linhas de crédito rural e pediremos alguns remanejamentos entre linhas”, afirmou Bittencourt.

Perspectivas para a safra

Em relação ao desenvolvimento da produção, o BB acompanha a perspectiva de possíveis efeitos do fenômeno climático La Niña sobre as lavouras, mas vê, de forma geral, situação positiva para o progresso da safra.

Quanto aos preços, o banco enxerga as cotações dos principais produtos agrícolas retornando aos níveis históricos, bem como a rentabilidade dos produtores. Nesse cenário, áreas com alto custo de produção começam a ficar mais proibitivas.