Banco do Brasil (BBAS3)
Banco do Brasil (BBAS3) / Foto: Divulgação

O Banco do Brasil (BBAS3) informou nesta terça-feira (21) a contratação de operações com base na MP (Medida Provisória) 1314, que prevê a renegociação de dívidas com condições especiais para produtores afetados por eventos climáticos. Informações da Reuters, via Money Times.

Através da linha BB Regulariza Agro, com fonte de recursos livres do BB, o produtor rural poderá liquidar, amortizar e alongar dívidas de custeio, investimento e CPRs, inclusive que já foram prorrogadas, renegociadas ou estejam adimplentes.

De acordo com o banco, a regularização de operações com os recursos subsidiados terá início em breve.

O presidente Luíz Inácio Lula da Silva assinou, no início de setembro, a MP que libera R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas com produtores rurais impactados por problemas climáticos.

A MP, como outras medidas do CMN (Conselho Monetário Nacional) e do BC (Banco Central), tende a dar um alívio ao Banco do Brasil, que tem mostrado resultados pressionados pela inadimplência do agro.

BB vive a maior inadimplência do agro da história, diz executiva

A presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Taciana Medeiros, afirmou que nunca houve inadimplência do agro nas proporções atuais. A executiva comentou os resultados do trimestre, apresentados na noite de quinta-feira (14), em live aberta a analistas de publico geral.

“Só um banco do tamanho do Banco do Brasil tem condição de suportar o que estamos suportando”, declarou a executiva do BB.

A executiva declarou que o BB está em seu maior nível de inadimplência no agro já vista na história da instituição financeira. “É importante que vocês tenham conhecimento da proporção dessa inadimplência e que vocês tenham tranquilidade que essa provisão já está presente no nosso balanço”, disse Medeiros. Informações via Infomoney.

Segundo o documento, o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado do R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre de 2025, uma queda de 60% comparando com o mesmo período no ano passado.

“A gente era conhecido como banco que não protesta, o banco que não cobra a garantia, agora estamos judicializando”, afirmou a executiva sobre o agro.