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A Boa Safra está criando uma joint venture com a Semebras e Sementes Nobre para entrar no mercado de sementes de agricultura regenerativa. A joint venture vai se chamar SBS Green Seeds. As informações são do “Globo Rural”.
A Boa Safra vai ter 30% da companhia, mas pode vir a ter uma participação de até 60%, com debêntures conversíveis e mútuos permutáveis no valor total de R$ 45 milhões, dos quais a Boa Safra é credora.
As atividades principais da SBS Green Seeds vão ser produção, armazenagem e comércio de mix de sementes, usadas na cobertura de solo e formação de pastos e plantas de cobertura.
Segundo a Boa Safra, o negócio está alinhado com a estratégia de aumentar o acesso ao mercado da companhia e diversificar a base operacional, além de aumentar sua participação na agricultura regenerativa, mercado que está avaliado em R$ 1,73 bilhão na pecuária e R$ 85 milhões na agricultura.
De acordo com a Boa Safra, há espaço para crescimento desse mercado para até R$ 4,27 bilhões.
Tarifa sobre etanol impacta empresas e estados dos EUA
Evandro Gussi, diretor-presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), expressou nesta quinta-feira (13) sua preocupação com a possível elevação da tarifa sobre as importações de etanol dos EUA. Ele ressaltou que o setor está mantendo diálogos com o governo brasileiro sobre essa questão.
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem para implementar tarifas recíprocas, direcionadas a países que, segundo os EUA, impõem impostos sobre seus produtos. O etanol brasileiro (é feito de cana, e o norte-americano, de milho) foi mencionado como um dos exemplos dessa medida.
“Eu lamento essa postura do presidente [Trump], na medida que ele coloca como alvos de reciprocidade dois produtos que são absolutamente diferentes”, afirmou Gussi.
“A razão pela qual os Estados Unidos importam etanol do Brasil é porque o etanol brasileiro tem um nível de sustentabilidade, um nível de redução de emissões de gases do efeito estufa muito maior do que os Estados Unidos”, completou.