O Marrocos anunciou nesta terça-feira (8) que abriu seu mercado para os chamados miúdos bovinos (partes do boi que não são considerados de primeira). O país do norte da África possui mais de 37 milhões de habitantes e importou em 2024 cerca de US$1,36 bilhão em produtos agrícolas.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, destacou nesta quarta-feira, que a nova gestão do ministro Carlos Favaro permitiu a abertura de 348 novos mercados para o setor responsável por 22% do PIB no ano passado.
Brasil foca em expansão de mercados
“Novas aberturas no mercado asiático têm sido o foco, mas o Brasil precisa aproveitar o espaço de mercado que os EUA vêm perdendo nas Américas mesmo antes da guerra tarifária por custos e redução de ajuda”, afirmou o secretário.
O secretário destacou que a entrada em mercados menores, como Papua Nova Guiné, tem grande relevância, pois, apesar dos volumes reduzidos, contribuem para o progresso das exportações de carne bovina do Brasil.
Rua mencionou que japoneses devem visitar o Brasil dentro de dois ou três meses para realizar inspeções voltadas à abertura do mercado de carne bovina premium, almejado pelo país há 23 anos.
Ele ressaltou: “Fechar um mercado depende de uma pessoa, mas para abrir é necessário o esforço de muitos e uma grande convergência de fatores.” As informações são do portal Globo Rural
Foco em condições tarifárias
Além de concentrar esforços na abertura de novos mercados, o secretário destacou que está empenhado em negociar melhores condições tarifárias para a exportação de carne bovina brasileira em destinos estratégicos e de grande relevância comercial, como México, Cingapura e países da União Europeia.
Ele explicou que essa iniciativa busca aumentar a competitividade dos produtos nacionais, incentivando o crescimento das exportações e fortalecendo a posição do Brasil no comércio internacional. A melhora dessas tarifas pode resultar em benefícios significativos para toda a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.