A BRF (BRFS3) está em busca de até R$ 1,25 bilhão para financiar negócios rurais. A empresa segue o mesmo caminho da Minerva (BEEF3) e da Marfrig (MRFG3), que também emitiram títulos de dívida nas últimas semanas, com R$ 2,5 bilhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente. As informações são do “AgFeed”.
Inicialmente, a BRF busca R$ 1 bilhão, que pode chegar a R$ 1,25 bilhão, dependendo da demanda. A empresa vai adotar um modelo de emissão que envolve emitir a debênture em nome da securitizadora, que é a Ecoagro, que vai distribuí-la em forma de CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) para agentes do mercado.
A companhia vai utilizar os recursos no “curso ordinário dos seus negócios rurais”, como destacou a lâmina da oferta. Os investimentos vão para toda a cadeia de produção e exploração dos animais nas granjas de suínos e aves.
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Assim como as duas empresas que fizeram o mesmo movimento, a BRF tem se beneficiado de balanços favoráveis e da baixa nos preços dos grãos. Porém, no caso da dona da Perdigão e Sadia, a emissão ocorrem em um contexto de alta nos preços do milho.
A BRF vai emitir as debêntures em até quatro séries, com remunerações ainda a serem definidas em um processo que recebe demandas de investidores conhecido como bookbuilding. As três primeiras séries vencem em 2035 e a quarta vence em 2045.
Os juros da primeira série vão ser corrigidos pelo dólar comercial e vão ter acréscimo de até 6% ao ano. Já a segunda vai ter correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e tem juros definidos como a maior taxa entre 8,04% ao ano ou a taxa interna de retorno do Tesouro IPCA+ com acréscimo de até 0,35% ao ano.
