O Vietnã abriu seu mercado para a compra de carne bovina brasileira durante missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras autoridades do Brasil ao país, como anunciou o governo nesta sexta-feira (28). A abertura do mercado atendeu às expectativas do setor, que pretende iniciar embarques ao país ainda em 2025.
O mercado vietnamita estava fechado para a proteína desde 2017, como consequência da Operação Carne Fraca, e agora foi reaberto. “A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira atrairá investimentos de frigoríficos do Brasil para fazer deste país uma plataforma de exportação para o Sudeste Asiático”, disse Lula, no Vietnã.
Frigoríficos devem ser habilitados para o envio de carne bovina ao Vietnã em até seis meses
Segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), os primeiros frigoríficos devem ser habilitados para a exportação em um período de três a seis meses, como informou o “Globo Rural”. O método de habilitação em vigência no Vietnã não exige visita in loco ao Brasil.
Dessa forma, os frigoríficos vão precisar apenas enviar documentações que comprovem o atendimento das exigências técnicas e isso pode acelerar o processo de habilitação, disse Roberto Perosa, presidente da Abiec, segundo informações do “Globo Rural”.
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De acordo com ele, todos os estabelecimentos que entregarem a documentação ao Mapa (Ministério da Agricultura) poderão ser habilitados.
Em 2024, o Brasil exportou US$ 4 bilhões em produtos agropecuários ao Vietnã, de acordo com dados do Mapa.
Neste ano, antes de se abrir para a carne bovina brasileira, o país asiático já havia anunciado a abertura para importações de miúdos de frango, além de retomar as compras de pés de frango e abrir mercado para pele de bovinos para uso na indústria de couros.
A abertura do mercado do Vietnã vem após uma negativa do Japão para a carne bovina brasileira, durante a passagem de Lula pelo país. Mesmo não tendo autorizado as importações da proteína, o país se comprometeu a enviar técnicos para inspeção em até 60 dias, o que pode levar a uma eventual abertura também do mercado japonês.
