Alimentos

Carne deve ficar mais barata em meados de fevereiro, diz Abiec

A cotação do arroba da carne bovina - unidade que equivale a 15 quilos do boi gordo - recuou entre 8% e 10% em janeiro

Foto: Carnes/CanvaPro
Foto: Carnes/CanvaPro

Um barateamento no preço da carne deve ser visto a partir da metade de fevereiro, segundo o presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), Roberto Perosa. Conforme sua explicação, os valores pagos atualmente refletem a cotação do boi de dezembro, quando os preços no mercado estavam mais altos.

A cotação do arroba da carne bovina – unidade que equivale a 15 quilos do boi gordo – recuou entre 8% e 10% em janeiro, queda que deve chegar ao consumidor nas próximas semanas.

“A carne que estamos comendo hoje está mais cara porque é a de dezembro, quando os valores no mercado estavam mais altos. Até o meio de fevereiro já deve dar uma diminuída. Já estamos sentindo isso nos frigoríficos comparado com dezembro”, afirmou Perosa, segundo a “CNN Brasil”.

Em dezembro, o arroba do boi foi negociado a R$ 350. Já em janeiro, os valores variaram entre R$ 330 e R$ 320.

A questão do preço dos alimentos, em especial da carne, preocupa o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve o barateamento do item como uma promessa de campanha, portanto, impacta diretamente na popularidade do governo.

Em entrevista para rádios mineiras nesta quarta-feira (5), Lula afirmou que quer se reunir com as indústrias da carne para discutir o que pode ser feito com relação aos preços.

Mesmo com as declarações do presidente do Executivo, Perosa afirmou não ter recebido convite para a reunião. Porém, ele disse ter conversado com  Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, sobre questões do setor.

Além disso, o chefe da Abiec destacou que a indústria não tem propostas concretas neste momento para conter os preços porque as variações são conjunturais.

“Tem a questão do clima que no ano passado influenciou bastante, a alta do dólar, o crescimento da massa salarial. Não são coisas que dependem da indústria, são coisas conjunturais”, frisou ele.

Apesar disso, o executivo segue defendendo o apoio à intensificação da produção e a ampliação do programa de recuperação de pastagens degradadas. “Um plano safra robusto nesse sentido é bom. No resto, o setor está redondo, operando num momento muito bom”, afirmou.

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