A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) espera um aumento da exportação de carne após a abertura do mercado de Suriname, anunciada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na última semana.
“A carne bovina se soma a uma pauta de importações focada em produtos alimentícios e animais vivos. O país importa cerca de 800 toneladas de carne bovina por ano, e a expectativa é que o Brasil passe a ocupar uma fatia relevante desse fornecimento”, disse a entidade, em nota publicada nesta terça-feira (11).
De acordo com o governo, o Suriname vai começar a comprar gado vivo para abate; bovinos vivos de leite; bois vivos destinados à reprodução; carne e produtos cárneos bovinos; e carne e produtos cárneos de aves.
Em 2024, as exportações agropecuárias do Brasil para o Suriname atingiram US$ 28,5 milhões, “com potencial de crescimento a partir de agora”, afirmou o Ministério da Agricultura e Pecuária, em nota.
O avanço em Suriname representa a 25ª abertura de mercado para o agro brasileiro em 2025.
Câmbio fez frigoríficos deixaram de ganhar R$ 5,9 bilhões
O recuo do dólar em relação ao real fez com que os frigoríficos deixassem de ganhar R$ 5,9 bilhões desde o início de 2025, calculou a RB Investimentos para o “Valor”. Nesse período, a moeda norte-americana caiu cerca de 6%. Ao mesmo tempo, a demanda aquecida continua beneficiando o setor.
Até sexta-feira (7), o dólar teve uma queda acumulada no ano de 6,26%, segundo o “Valor Data”. No mesmo período, todos os frigoríficos listados na B3 registraram quedas. As ações ON da Marfrig (MRFG3), por exemplo, caíram 12,86% e as da BRF (BRFS3) tiveram uma queda de 18,61%.
Enquanto isso, os papeis ON da Minerva (BEEF3) tiveram perdas de 12,77% e da JBS (JBSS3) caíram 4,79%.