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Foto: Wenderson Araujo/Trilux/Arquivo CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revisou para cima a estimativa de crescimento do PIB da agropecuária em 2025, projetando alta entre 8% e 8,5%. A nova expectativa contrasta com a queda de 3,7% registrada em 2024 e considera as atualizações divulgadas na última quinta-feira (4) pelo IBGE.

A CNA previa, em setembro, avanço de 7% para o setor, número que subiu para 7,9% em novembro. A forte expansão de 10,1% do PIB agro no terceiro trimestre (3T25), frente ao mesmo período do ano passado, somada à revisão dos dados do ano passado realizada pelo IBGE, levou a entidade a atualizar novamente suas projeções.

“O crescimento do PIB agro neste ano é puxado pela supersafra de grãos e pelo ótimo desempenho da pecuária”, afirmou o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon. Ainda destacou que as estimativas finais serão recalculadas após as revisões do instituto.

Além disso, de janeiro a setembro, o PIB da agropecuária acumula alta de 11,6%, bem acima do crescimento de 2,4% da economia brasileira no período.

Segundo Conchon, o resultado surpreende positivamente, mesmo com a mudança na base de comparação. O bom desempenho se explica pelo aumento dos abates, preços favoráveis na pecuária bovina e pelo avanço das três principais culturas do PIB agro — soja, milho e laranja — responsáveis por impulsionar o setor ao longo de 2025.

Exportação de feijão bate recorde histórico em setembro, segundo CNA

O Brasil exportou 85,4 mil toneladas de feijão no mês de setembro. Um novo recorde histórico para o agro, disse a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), com base no Indicador Cepea/CNA. No acumulado de 12 meses, o resultado foi de 488,4 mil toneladas.

Além disso, no período de janeiro a setembro deste ano, o volume exportado, de 361,9 mil toneladas. Já supera todo o total de 2024, que foi de 343,6 mil toneladas.

Desse modo, a pesquisa apurou que o estado do Mato Grosso é o líder das exportações, seguido por Tocantins, ParanáMinas Gerais e Goiás. Enquanto a Índia concentra mais da metade das compras (57%). A maior parte dos embarques é composta por feijões do tipo vigna mungo e radiata.

De acordo com Tiago Pereira, assessor técnico da CNA , o cenário atual combina dois fatores opostos. Um movimento recorde das exportações e um mercado interno ainda enfraquecido pela menor demanda e pelos efeitos do clima.